segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Beijo... De boa noite...

Sim.

Beijo de boa noite.

Porque o beijo de bom dia pode não vir.

No silencio da noite, o ultimo sopro pode chegar de forma sossegada.... E apenas sobra o corpo gélido da mortandade terrena.

Poderoso o beijo de boa noite; porque se é dado é porque existe, e o que separa do beijo do bom dia são horas de penumbra na pura e genuína solidão reconfortante do sono.

Em comum existe o beijo, separado pelo escuro e pela luz... E é esse beijo no escuro do mais valioso de quem se gosta, de quem se ama...

Afinal... É também no lado negro das coisas que existe o mais belo... E a noite é negra.

Beija, mas não te despeças... Apenas beija, e deseja uma boa noite.

Um beijo... De boa noite.

domingo, 27 de novembro de 2022

As 4 chaves do meu Ser

Dobrar o espaço tempo.

De uma ciência não oficial...

Ou até mesmo de uma não ciência...

Sabe-se, e apenas de quem sabe... Que dobrar o espaço tempo, torna o ser Humano mais consciente, correndo o "risco" de se despejar materialmente, e virar-se para causas de entreajuda; e mesmo que não queira a devoção, o estado vibracional dessa mesma supra consciência, puxa e atrai desalinhamentos, com o único propósito natural, da harmonização.

O perigo da entreajuda aparenta ser real, na medida em que a incompreensão pode roçar o dramatismo da exclusão, e a quem se blinda da genuinidade astuta de saber passar o verbo, terá sempre de ter a noção que os objectivos apenas se atingem com a materialização de provas, e essas mesmas nem sempre nascem, sejam eles por motivos de atraso do receptor, sejam eles por acção directa de outros estados vibracionais, categorizados de menos bons, com o único propósito de manter angariado pernas e cabeças errantes, responsáveis em absoluto por criação de energias que alimentam os chamados falsos demiúrgicos.

Parece este texto, uma fonte de pseudo dramas... Antes fosse.

A dobra do espaço tempo, deve de ser entendida que está ao alcance de todos, com mais ou menos trabalho, com mais ou menos dedicação; e deverá de ser utilizado sempre em contexto positivo e alargado, caso contrário a "demência" passará a ser o guarda roupa diário sem opção de escolha, e um cabide também alberga camisas de força.

Dos vários processos da dobragem, entendo que seja a prática rotinada da meditação, o caminho mais sólido e o mais consciente da leveza do Ser.

Obviamente que uma pesquisa transversa, e um entendimento de mente aberta ao conceito de multiverso deve de estar presente, assim como, a aceitação assumida de outras consciências mais elevadas, não pertencentes ao nosso respirar.

Saber e entender a dualidade, que existe o não e o sim, a vida e a morte, a noite e o dia, a energia positiva e a energia negativa, que o mal de uns é o bem de outros.... E que é no equilíbrio que se encontra o crescimento maior.

Serão estas as quatro chaves mestras, Meditação, Utilização positiva, Multiverso, e Ponto de equilíbrio.

Muito mais assunto roda este tema, mas acaba por pertencer a cada um, a vontade de se nivelar por um grau de preparação mais acuidado, seja como for... caminhando... obtém-se.

Os desvios constantes do dia a dia, desde as redes sociais, a responsabilidade de colocar o pão na mesa, segurar mãos da família, viroses alheias,  entre outros tantos, promovem uma não concentração do foco "dobra do tempo", saber-se a respirar um momento de cada vez, alinha corpo e mente para o inicio.

Quando falo das redes sociais, como se fosse um desvio, entenda-se que sou a favor das mesmas; perigoso é os conteúdos que teimosamente podemos seguir, ficando embriagados por dramas ou conceitos torcidos da verdade. Bem utilizado, pode-se tornar numa ferramenta poderosa de evolução.

Atingir o patamar da dobragem do espaço tempo, desmonta falsas verdades, e a nossa mente lógica deve de estar preparada para o "impossível".

Façam-me um favor... dobrem lá o espaço tempo, e sejam "felizes"!

Eu cá... la vou caminhando com as minhas 4 chaves.




terça-feira, 1 de novembro de 2022

Buzina

Existem várias formas de comunicar.

E uma das formas mais universais deste mundo... É...

Buzinar.

Uma linguagem atrasada e que tanto mexe com as emoções...

Atrasada porque não se rege por palavras, verbos, letras, metáforas, adjetivos.

Buzinando-se com mais ou menos compaixão... Tanto podemos estar a festejar o casamento de alguém, assim como, desejar que o para-brisas de um veiculo qualquer fique estrumado em exagero por uma gaivota com soltura descomandada, o chamado buzinão de susto...

Coitada da gaivota.

Buzino uma vez... E alguém olha... ou sorri, ou passa na passadeira.

Se for no semáforo que passou a verde... Talvez a azia transmute recado que não se deve conduzir e escrever ao telemóvel.

3 buzinadelas, está sempre associado a algo bom... Parece que 3 tons seguidos, actuados de forma compassada e bem medida é ode positiva... Mas se vier de um comboio...Pode haver alguém que não se mantenha para contar a história.

Mais de 70 anos de industria automóvel... Todos os componentes evoluíram de uma forma extraordinária.... O volante carregado de botões... Pneus sem camara que não furam, bancos com arrefecimento, ar fresco do ac, alarmes e sensores por todo lado... Mas a buzina...

Essa velha e estridente buzina... Tem tons de velho eremita que não morre...

Deviam de colocar uma barba branca nas buzinas... 

Talvez assim se fizesse usufruto de forma suave e respeitosa.

Curioso... Os aviões não têm buzina...

Nem os carros de formula 1...

As trotinetes têm...

Os patins em linha também não têm...

Mau!

Que falta de respeito.

As buzinas devem de ter sentimentos; deviam de estar em todo lado.

Um pi pi pi para tudo e para todos!

Ai se fosse eu a mandar!

Fim.


Fuck

 Sinto-me num vale de Almas desarticuladas.

Sem rumo, sem partícula dourada que me almeje cor.

Os azuis dos meus olhos teimam em sobressair os cinzentos das pernas andantes.

Será este o desígnio de uma evolução qualquer, neste planeta biológico, comandado por ciclos e contra ciclos?

Tanto barulho se faz, e cada vez oiço menos... Estou menos... Muito menos..

Vontade de desnascer... Volatizar-me...

O desenquadramento tão real e palpável quebra-me sonhos e sopros.

Resta-me apenas a felicidade que um dia vou morrer.

Até lá... Vou cavando, para não ouvir e não ver... 

Que o suor me tape a visão, e que o som da enxada na terra me oculte os grunhidos desumanos de gente torta.

Morrer... Anda! Desalgemar doce e eterno!



25 Anos

 Olá Mãe.

Partilho contigo o meu estar, destes nossos 25 anos de viagem.

Partiste quando eu tinha 25 anos, e este ano fazes 25 anos de ausência.

E sabes que quando partiste tinhas 25 anos? 25 anos de Minha Mãe.

É tão verdadeiro e genuíno, perder-te com os teus jovens 25 anos de minha Mãe.

Partiste tão jovem de mim, e que falta dantesca fazes.

Entre etéreos e este chão terra, nada me adoça a alma.

Nos 27 não acendi a vela para celebrar os 25, farei nos 12 para suavizar a saudade.

Beijo em Ti Poderosa.

Amo-Te

Miguel Matos

 

sábado, 8 de outubro de 2022

Pés Suaves

Que assim seja...

Não te tenho, mas também não me tens.

Morro-me nas tuas ausências, esvaziando-me suavemente no teu não sentir.

A arte da parvoíce do não perceber, cansa-me os olhos e o métrico da minha essência.

Resta-me o cigarro, e estes meus pés leves do saber caminhar.

Fim.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

QUINZE

Finalmente o dia chegou ao fim.

 Chegando em desejo a porto seguro.

Todas as células do meu corpo rejuvenesciam com aromas a silêncio e alecrim.

Deitado algures num canto macio, deixo-me ser navegado pela paz da vacuidade.

Sinto-me fora do corpo, sem destino, flutuando no etéreo.

Sem destino e sem pressa, vou apenas no branco neutro que o meu Eu pretende.

Sem perceber e sem querer perceber, materializa-se num não horizonte, edificação geométrica.

Edifício com quinze faces, um perfeito pentadecágono.

A escadaria que me convidava a entrar, em silhueta de violino Stradivarius, apresentava-se-me com 15 degraus e dois corrimãos por lado, simbolizando as quatro cordas do instrumento.

Estático e observante, bebo informação da geometria.

Era de uma Luz branca e brilhante o recheio do edifício.

Divirto-me com a numerologia da forma; começando pela escada, somo os 15 degraus ás 4 cordas, reduzindo ao absoluto 1; sendo 1+5=6, somando 6 a 4 tenho um 10, 1+0=1

1, significa o começo, o inicio, nascimento; começa-me a fazer sentido que a escada de numerologia 1 me convide a entrar em algo de pertença genuína. 

Ficando flutuante á entrada da porta, percebo que "sobram" 14 faces de paredes altas; reduzindo á unidade 1+4=5, o número 5 é o das sensações e dos sentidos. 

Representa a liberdade, a aventura e a versatilidade, trazendo a ideia de movimento, de velocidade e de tempo. 

É o número central entre 1 e 9 e representa o equilíbrio entre o mundo material e o espiritual.

8 livros de capa dura encontram-se dispostos de forma circular, suspensos a meia altura. 

Entendo que não os devo tocar; começo a perceber que serão os registos akáshicos de alma terrena; sendo um compêndio de todos os eventos, pensamentos, palavras, emoções e intenções humanas que já ocorreram no passado, no presente ou no futuro.

Uma mesa, dá-me o sinal da unidade, aparecendo novamente o número 1.

Sabendo que um Pentadecágono regular tem 15 ângulos internos iguais 156º, reduzo ao absoluto o 156, 1+5+6=12 (Curioso este doze), 1+2=3; sinto-me obrigado a somar ao numero de ângulos 15, 1+5=6 que somado ao 3, obtemos um 9.

7 velas adornam a mesa, com chama estática, iluminando a área de possível reflexão, caso um dos 8 livros seja alvo de estudo.

2 cadeiras, a convidar ao sossego.

Percebo e entendo, que a numerologia, oferece-me um código final, materializando o 1+5+8+1+9+7+2=33=3+3, dando-me na redução ao absoluto o 6. 

O número 6 é número das pessoas responsáveis, amáveis, criativas e equilibradas, com senso de humanidade, de honestidade e fidelidade. 

A pessoa de número 6 está sempre á procura da perfeição, dando sempre atenção à família, aos seus relacionamentos e às suas responsabilidades.

Esta minha viagem na vacuidade trouxe-me a um lugar sagrado de uma alma terrena; um templo da criação e em harmonia com as energias mais elevadas.

Desperto desta minha flutuação, com a sensação divertida de uma observação correcta; acreditando que este meu pensar não fique apenas comigo.

Seja de quem for, que o percurso da reencarnação atinja os objectivos da evolução pretendida, com níveis energéticos superiores ao "começo".

Quando Um Imortal Navegar Zelosamente Entenderá

domingo, 24 de setembro de 2017

Missão de vida - Amor

Entre a vivência de cada um; existe uma Missão para cada ser, bastando para isso analisar alguns tópicos de experiências passadas, e depressa se chega a uma conclusão titular sobre a verdadeira Missão...

Do que me toca...

A Missão é.... Amor

Não tivesse o "M" gravado na irmã da esquerda... Demasiado óbvio.

Aquando esta descoberta, percebi muito cedo, a carga de trabalhos que iria ter...
Antevi mesmo... amar o calçar de meias...
Desejar meter nariz de palhaço, em situações diversas... onde a boa disposição mudasse energias côncavas para convexas e vise versa...
Uma espécie de todo nu só com meias, desvirtualizado do meu Ser, e com a energia suficiente para desmontar conceitos enlatados...
Por vezes a demência é aliada do desatar de nós...
(Gosto de ser demente... Haja prudência)
Este vórtice acumulativo; aparenta-se dantesco....
As áreas de actuação não terminam... A lista.. (essa desgraçada)... Engorda a cada virar de página.

Missão Amor

Vamos... A conceitos...

a·mor |ô| 
(latim amor-oris)

substantivo masculino

1. Sentimento que induz a aproximara proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracçãogrande afeição ou afinidade forte por outra pessoa (ex.: amor filialamor materno). = AFECTO ≠ ÓDIOREPULSA

2. Sentimento intenso de atracção entre duas pessoas. = PAIXÃO

3. Ligação afectiva com outremincluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual (ex.: ela tem um novo amoranda de amores com o colega). (Também usado no plural.) = CASONAMORORELACIONAMENTOROMANCE

4. Ser que é amado.

5. Disposição dos afectos para querer ou fazer o bem a algo ou alguém (ex.: amor à humanidadeamor aos animais). ≠ DESPREZOINDIFERENÇA

6. Entusiasmo ou grande interesse por algo (ex.: amor à natureza). = PAIXÃO ≠ AVERSÃODESINTERESSEFOBIAHORRORÓDIOREPULSA

7. Aquilo que é objecto desse entusiasmo ou interesse (ex.: os livros electrónicos são o meu amor mais recente). = PAIXÃO

8. Qualidade do que é suave ou delicado (ex.: faz isso com mais amor). = BRANDURADELICADEZASUAVIDADE

9. Pessoa considerada simpáticaagradável ou a quem se quer agradar (ex.: elas são uns amoresvem amor). = QUERIDO

10. Aquilo que é considerado muito positivo ou agradável (ex.: a decoração do quarto dos meninos está um amor).

11. Ligação intensa de carácter filosóficoreligioso ou transcendente (ex.: amor a Deus). ≠ DESRESPEITO

12. Grande dedicação ou cuidado (ex.: amor ao trabalho). = ZELO ≠ DESCUIDONEGLIGÊNCIA


"amor", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/amor [consultado em 24-09-2017].


Li... e reli...
12 pontos...
E não vi...
"Respeito"

Será que tiveram receio de ser o décimo terceiro ponto?
Esse número que assusta o dobro de meio mundo?

Mas mesmo assim... Sinto-me desassossegadamente (gosto de escrever esta palavra... carregada de ss`s) sossegado (e esta também..).

O ponto 11... aborda o reverso do respeito... Desrespeito. Menos mal.

Ora... tendo o "Amor" devidamente dissecado em cima desta minha mesa de teclas, observo o monitor  (agarrado com uns elásticos de umas cuecas velhas), e chego à conclusão de algo... Estranho...

Sabemos... Que uma Missão, pode ter contornos difíceis... Senão chamar-se-ia "Unicórnio Alado Colorido"... Mas... Isto é mesmo difícil.

Se eu nasci em 1821 (treta óbvio... mas temos de rir não é?), claramente que chego com este corpinho ferrugento, devidamente formatado pelas experiências vividas; ao dia em que descubro a minha verdadeira Missão...

Uma das primeiras tarefas é ir a uma loja de ferragens, e encontrar um anti ferrugem eficaz; e carregar a minha banheira de esmalte, com o producto milagroso, para que fique polido, mostrando todas estas moléculas em resplandecência... Aço... saudável...   

Segunda tarefa.... Olhar para todo o histórico fotográfico; rastrear imagens boas.... Focar... E de uma forma insistente, formatar a mente para unicamente estar alinhado com o "bem"...

E agora.... Palco com ele...

Este palco... Cheio e brilhante de mim... Encontra-se com uma plateia... vazia.

E aqui tudo começa... O producto deixou de ter efeito... As fotografias da ruindade estavam pregadas ao meu casaco...E voltei ao estado de prego ferrugento (gosto do cheiro da ferrugem).

Recordei-me do dicionário... e voltei a procurar por outra palavra de definisse "Amor"... Li e reli... Não encontrei...

Procurava por "Perdoar"

E sem dúvida alguma que este suposto décimo quarto ponto "Perdoar" deveria de constar na mala de ferramentas...

Respeito e Perdoar... As chaves mestras da Missão Amor.

Posto isto... Saber-me respeitar e sabendo-me perdoar.... Estarei em momento motor equilibrado para espalhar a mensagem, e desarticular ambientes vibratórios menos evoluídos.... Assim como mentes...

Perdoar....

Vou começar pelo meu cão... Comeu-me os chinelos! 

Conversas com o meu Eu

Não sei de mim...
perdi-me...
Afinal... Ainda sangro..

"Tu tentaste de tudo
Sim... Mais de mil vezes
Experiênciei o suficiente
Foi bastante
Mas foste tu que deixaste tudo...
No meu coração
E foste tu que mais uma vez
Acordou o meu espírito...
Eu me separei, tu te separaste
Tu agitas... Emoções
Em mistura
Tudo em desordem
Mas foste sempre tu que estiveste lá...
Para mim
E foste sempre tu que não julgaste

Meu verdadeiro amigo

Eu me separei, tu te separaste..."

(Sigur Rós - Ára Bátur)

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Vamos ter... Problemas...

Uma Luz...
Chama-me à atenção...
Uma simples Luz...
Um reflexo na água...

Silencia-me os sentidos..
Absorvo a simplicidade.

Sossego... mas ...

Colapso em imagens, que não controlo..
Sou assaltado de forma violenta, com a quantidade de informação diversa... E o mais difícil é separar sentires... Sinto-me no peito a rasgar.

Chego a desejar, ser ferro, que oxida em compassos naturais...
Esta energia tremenda, que não domino, castiga-me arduamente; roçando-me numa loucura inactiva.

Este texto que me sangra dos dedos...
Que seja formatado em prece forte...
E que se faça saber, que revogo a todos os acordos efectuados no etéreo; percebendo e aceitando que todo e qualquer percurso kármico, não passa de especulação falsa divina...

Conceitos de liberdade estão desmontados, e nego-me de corpo e alma a aceitar esta violência cega.
Revejo-me neste mundo como uma peça mecânica desenquadrada do funcionamento e da harmonia, do Ser.

Não devemos de ser esquartejados sempre que respiramos, para perceber que o Amor existe, e que é poderoso.... é sem duvida alguma uma condição obrigatória de qualquer ser Humano...

Andamos cegos...
Não andamos vigilantes das cores correctas...

e enervo-me...
despejo energias...
despejo-me...

Malditos acordos pré-reencarnatórios, desprovidos de liberdade, ofuscando continuadamente o genuíno que há em Nós...

Que o meu dedo indicador me ilumine o caminho... Esse caminho... O Meu caminho...
Vomitarei o falso céu e o falso inferno... até que a alma me doa, até que me liberte.

Vibro na vontade de gritar... Basta!

Serei elevado o suficiente, para que alcance o patamar que me é reservado... e não esta imundice de Planeta.... onde a fome e os caidos são mais que as moléculas de oxigénio... este ar que me asfixia...

Merda para todas as esferas etéreas etilistas... Serão merda que não acrescentam nada á evolução do Ser...
Merda para todas as esferas terrenas, que vendem o "desgraçadinho" e a esmola como se de salvação trata-se... Enoja-me esse enxofre gratuito.

Larguem-me! Larguem os "Meus"... LARGUEM

Mando aqui e mando para onde vá... E quando de vez sair de mim... Ficará o registo que continuarei com esta verdade.

Até esse dia.... Quando sair de mim... Estarei atento... vigilante... crescente.

Sossegando-me...
e sentindo...
que me faz sentido...

Amor... Existes...


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Tu

Sento-me em areia...
Mar calmo se me apresenta

Para trás,
Largo a armadura...
As armas
pesam-me
saturam-me
tudo ficou na paliçada de madeira...
caminho leve na areia
não tenho pegadas...
Não deixo rasto
de tanto leve...

Sereno a mente...
Rosto pesado,
Das agruras do passado...
Mar que sente...
Não sei... Se estou cansado
Mas sei que fui... Abençoado

Saboreio este vento leve na face, e esse teu cheiro de tez suave, abraça-me
Ter... O que nunca se teve...

E é crescente enraizado a Tua tez.

Até quando...
Até sempre...

É de quem sente.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Intenso

Desembrulho pensamentos...
Sei-me a perder o controlo
Apenas posso articular uma acção...
Desligar...
Até que volte a ter Luz...
Até que seja apenas Eu.

Entre um pulsar e o que não sei...
Carrego o intenso...
Amarguradamente desligando.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Encontros Improváveis

Tampo maciço que me seguram...
11 cadeiras vazias
Vela acesa.
Chama serena, fixa... Leve.
Desdobro pensamentos de forma desarticulada; aguardo geometria sossegante.
Respiro pelo estômago.
Aguardo a inercia do vazio; e do puxão corporal, sem que questione.
Com instruções guardadas em mente subconsciente, preparadas para comandar no Éter...

Puxão dado...
Mesa redonda... 12 Cadeiras Cheias
11 convidados presentes...
A Luz sentida, carrega Amor pleno; energia tremenda... quente... O verdadeiro Quente.
Dadas as 24 mãos, inicia-se a transmutação.

Transmutação de conhecimentos fora da régua tempo, onde os registos Akáshicos ditam a verdade, e apenas alguns tópicos estão vedados. E estão vedados apenas por uma questão de elevação do receptor.

Sem que perceba, estou em praia identificada... Onde o equilíbrio das pedras dão sensação de lugar sagrado.

Fora de corpo, vejo duas pessoas, em simples admiração do local; o estranho é estarem juntos em tempos diferentes; não se vislumbram, mas tocam-se no sentir.

No Etéreo tudo é possível, por não existir régua tempo; a possibilidade de Encontros Improváveis é mais do que exequível, é sensorial...

Os campos energéticos somam-se, sem que a presença corporal se some.... A revisão e a sensação mutua espelha um pulsar sossegado.

Deste encontro improvável, entre a arte e o sagrado, em profundo equilíbrio; nasce uma tela a óleo, que imortaliza sentires; entre um passado realizado e um futuro muito próximo.

Vendo , sentindo, e sossegando; guardo na memória, a tez alegre de um Encontro, em tempos diferentes e de uma improbabilidade, que acaba por ser relativa; bastando querer.

Puxão recebido...
Mesa redonda... 11 Cadeiras vazias.
Nenhum convidado presente...
Luz Terrena, carrega a verdade; energia tremenda... sentir... O verdadeiro Sentir.

Encontros Improváveis.

domingo, 30 de julho de 2017

Uma Partilha

Num rescaldo de pele; partilho letras e agrafos de venenos e antídotos.
Nem mais passado nem mais futuro...
Apenas o presente...
E alguns destes meus cabelos brancos sussurram...
Presente.

segunda-feira, 31 de março de 2014

1

Desistir... O verdadeiro conceito.

Capacidade intelectual e corajosa de recuar, que tem como alavanca superior de tomar um bom balanço e aplicar medidas construtivas, para atingir o objectivo primário sem dor, com maior intensidade e definição.

"Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não davam certo."
THOMAS ALVA EDISON

terça-feira, 20 de agosto de 2013

8

Abri uma janela...
Paisagem florida, luminosa nos cantos escuros...
Senti-me tóxico, afastado da alma... Dela...
Estou-me como estou... Pensamentos duros...

Ausente de mim próprio; sabor seco do nada.
Senti a brisa pura e leve do ser...
Sepultura cruel e fria que se cava...
Fim longínquo que me crava.

Pensei...
Logo desisto...






quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ser

Sou o que sou
Não preciso de autorização de ninguém...
Para ser quem sou...
E é tão simples...
Bastando ser...
Apenas... Quem sou...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Serguei

Fui recentemente visitado por um ser de luz.
Desprendeu-se da matéria após um ano em estado vegetativo; apenas as sondas o faziam pulsar.
Tentativa de anular a vida, forçado a droga e álcool, saiu frustrada.
Uma perna sem recuperação; oferecida em acidente de mota; anulou este amigo durante quase 3 anos; o cansaço foi maior; e a vontade que nasceu de partir, pregou-lhe a partida de o agarrar à cama pelo tempo necessário a um crescimento espiritual que lhe valesse um passaporte digno.


Morte? Apenas aos olhos de quem a não compreende.

Renascimento... Abraço Serguei!


terça-feira, 2 de julho de 2013

Normal

Existe uma segunda feira que a não vou sentir...
Será após o meu partir.
Um morrer de osso e carne.
Nem antes nem depois, nem cedo nem tarde...




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Perder

Perder o que não se ganha,
Tem sabor a papel pardo...
Trava os maxilares em desverbo...
Fosforo aceso na palha...
Esta minha cova que cavo...
Nesta minha alma que conservo..

"Se eu me conhecer a mim próprio e conhecer o meu inimigo; ganharei todas as batalhas..."


sexta-feira, 31 de maio de 2013

Des_carnio_claração...

Dos dez dedos que pulsam este teclado;
Nenhum se sente isolado em juntar a amizade das letras,
Para numa unanimidade; declararem, um pulsar estranho;
Que advém de impulsos nervosos, conduzidos pela cervical;
Comandados pela cabeça; vindos do coração,
Com pasmos peitorais; e formigueiros de estômago...

Tal emoção deixa-me vazio de verbo...
Admiro o estado em plena calmia...
Absorvo as cores do pensamento...
Melhor que algodão doce...

Resta-me pregar no vazio...
Prece forte que irradio...

Boa noite linda...

segunda-feira, 20 de maio de 2013



To all Men who didn´t get
this message this morning: 

Good morning, Beautiful.

sábado, 18 de maio de 2013

Acalmando

E quando não se espera... Esperando..
Acontece.
O que poderia ser; anula-se em tropeço e quebras.

Estaca no chão!

Começar tudo de novo.
Essa é a vontade do povo...

Não o saberei fazer.
Morrer por dentro;
A "beira" da morte irei conhecer...
Chegar ao seco do não sentimento.

Dar o mote ás pernas e seguir recto.

Estátuas de bronze, não existem para os vivos...

Acalmando... Vou andando....

domingo, 10 de março de 2013

Marte

Esta semana que passou; estava eu em diálogo com um amigo ao jantar, sobre diversos assuntos; onde a convergência era claramente o tema amar/respeitar, respeitar/amar; quando dou por mim a contar uma historia antiga no tempo; assaltou-me a memória, nem eu sei bem porquê.

Algures neste planeta, numa determinada escola secundária, existia um miúdo de 13 anos que vivia uma enorme paixão por uma professora.
A mesma teria idade a terminar os vintes.
Era uma paixão mútua e de uma energia ofuscante.
Tudo em máximo sigilo, pois a idade do rapaz comprometia a natureza desta ligação; aos olhos das leis feitas por humanos.
Mas a intensidade deixou brechas abertas aos supostamente seres humanos imaculadamente elevados.
E como seria de prever, o escândalo estoirou, levando à prisão a professora.
No decorrer do julgamento, ela foi acusada de vários crimes que atentavam a moral; apesar da defesa que efectuou, e sempre com a presença do rapaz na sala de audiências; nada lhe valeu.
Foi condenada a 7 anos de prisão.
Quando terminou o julgamento, e ainda em plena sala, o rapaz dirigiu-lhe a palavra com olhos enxaguados em mágoas... Gritou-lhe... "Espero por ti!"...

7 anos volvidos... Quem a recebeu na saída da prisão foi o rapaz... Agora com 20 anos.

Casaram...  filhos...

Foi assim que terminei a história... Estava demasiado emocionado.. Não consegui terminar.
Apenas porque senti a força de uma maneira indescritível.

Silêncio...
  


sexta-feira, 8 de março de 2013

Andando

Esse abraço de pregos..
Sangrou-me o olhar...
Mas o chão agarra-me..
Envenena-me alma.
Marte!



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Azia

Sentir o agreste de uma não retribuição
Embrulhado em papel fuga...
Nem é assim tão mau.
Faz-nos sentir...
Esse sentir que tanto nos falta...
Esse fervor, que fica apagado continuadamente..
Que nos dilui o genuíno; sem que se perceba.
O que de maravilhoso tem o negro, é a intensidade brilhante
existente no lado B das nossas almas vinylicas...
Fica sempre da nossa responsabilidade,
ou a lembrança de apetecer ouvir o lado B.
E ter uma agradável surpresa, em que um não êxito, acaba por nos preencher a alma
com maior intensidade.
Aquele doce tremer de estômago... Que tanto escaceia.
Teorias da treta que molduram a verdade.
Um doer de fígado provocado pelos maus tratos da boca.
Mas à boca só a nossa mão manda.
Comandada pela cabeça... Essa... Que funciona a fosforo molhado, aquando
cheia de emoções.
Somos fracos como a oxidação...
Por muito que seja protegido; acaba sempre por acontecer.
O oxigénio... Esse motor primário que manda no oxido...
Incrível...
Sem oxigénio nada disto acontecia.
Vou ser feliz!!
Vou para Marte!


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Parece Teu... Mas também parece Meu...

Embriagada pela falta de sedução genuina....
Senhorita esguia de alma;
Transtornava-se continuadamente.
Ouvia-se em verbo justa e feminina...
Um enclave perfeito de calma...
Fervorosa e ardente...
Andar senhoril elegante
Rarefeita de inculta
Têz brilhante da beleza
O cabelo leve ondulante
Questionário de luta...
Um fundo de certeza...
Egocentrismo privado.
Resistência no alcance ao perfeito
Onde anda, pára... Continua...
Sentimento mal amado
Existência de amor desfeito.
Rouquidão leve e nua.
Feliz no olhar falado.
Eleita por alguns...
Lida por outros...
Imaginada por alguns...
Ziguezagues por outros...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Oonagh

Oonagh sente-me...
Danço-te no meio deste perfume floral....
Entre as flores deste jardim... Aparece-me!
Fala-me do que me falta...
Falta-me que me fales...

-"Amor.
Falta-te Viver o estado maior do Amor.
Não o Amor de uma paixão... Um estado de Amor
mais abrangente.
O Amor que se desprende e brilha em mim,
faz-te sorrir, e palpitar o coração.
Será essa a energia que te falta."

Sentir esse estado será de Mestre.
Não me sinto Alma elevada para o merecer...

"Invoca-me... Saberás."


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Equilíbrio dos Chakras

Entre várias maneiras de alinhar ou equilibrar os chakras, existe uma forma interessante de o fazer, através da visualização das cores.

Esta pratica não só dá o equilíbrio energético aos chakras, como também nos prepara para práticas de meditação.

Devemos antes, "visualizar" mentalmente a forma dos chakras, que nos ajuda bastante, no rigor de atingir o pretendido. Devemos de considerar que cada chakra tem a forma de um pequeno vórtice, e que na sua espiral, existe um "pulsar" semelhante ao movimento respiratório.

Tempo do exercicio: 15 minutos
Posição do exercício: Sentado no chão de pernas cruzadas e costas direitas; ou numa cadeira de espaldar alto e pés bem firmes no chão.
Sintonia com o acto de meditação: Fechar os olhos, relaxar; inspirando e expirando profunda e suavemente.
Repetir o ciclo de respiração mínimo 10 vezes, mas pode-se fazer quantas se entender necessário. O grande objectivo do exercício respiratório é o de libertar tensões internas.

Após o exercício de respiração, começar por mentalizar o chakra pela ordem abaixo descrita.
O exercício consta de mentalizar um fluxo de energia limpa, brilhante e energética, com a tonalidade correspondente, a entrar pelo respectivo vórtice  "inundando" toda a zona circundante e interna do corpo, da respectiva cor.
Para cada chakra devemos de efectuar a mentalização de pelo menos um minuto.

1 Chakra da base da coluna
Localização: zona inferior da coluna vertebral, zona pélvica.
cor: vermelho

2 Chakra sexual
Localização: zona abdominal, logo abaixo do umbigo
cor: laranja

3 Chakra do plexo solar
Localização: entre o abdómen e o externo.
cor: amarelo

4 Chakra do coração
Localização: parte superior do peito.
cor: verde

5 Chakra da garganta
Localização: garganta.
cor: azul

6 Chakra do terceiro olho
Localização: centro da testa.
cor: anil (azul indigo)

7 Chakra da coroa
Localização: topo da cabeça
cor: violeta

Durante o processo pode-se sentir várias sensações, como o calor, leveza, frescura, pressão nas fontes ou no topo da cabeça.
Caso se comece a tossir na passagem do chakra da garganta, é sintoma que o equilíbrio está a ser reposto.




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Noite

Na noite que me abraça, sigo caminho sem destino.
O corpo pede, sem comando de cabeça.
Apenas pede, para cansar o pensamento.
É caminho tortuoso; mas os pés trauteiam com sapiência.
O negrume da noite abafa a tenacidade do pensar...
Mas sinto na esquerda a sombra do piano...
E na direita a sombra do violino..
Sem dar conta avanço...
Seguindo caminho...
Como quem perde qualquer coisa que se perca...
Como quem beba qualquer coisa que se oiça...
Como quem tropece em qualquer coisa que mereça...
Amarga-me essa falta de doce; de um olhar inexistente.
Adoço o sonho... Esculpindo pesadelo pedra em algodão abraço.
E avanço...
Comandado pelas sombras, sonantes do céu.
Piano...
Violino...





domingo, 27 de janeiro de 2013

Eu

Vento
Quadril de nuvens
E o toque sublime em força
Destruição

E do que somos afinal?
De um nada.
Um nada cheio.
Pequenos.
Nada.
Para quê as palavras.
O vento silencia
Esmaga

Se não for o vento será outra merda qualquer.
O que será, será sempre em surpresa.
Será.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nada

Nada de nada...
Esse nada que tudo tem.
Esse vazio, cheio de tudo.
Um tudo ou nada ... de nada... que tudo tem...
Espera de um primeiro passo...
Dentro de um nada; que afinal tem tudo.
Um passo de dois, que apenas é um...
Dentro de um nada que nada se espera, onde tudo se encontra.
A famosa mão cheia de nada...
Que afinal tudo tem...
Apaixonei-me perdidamente pelo nada... Por ter tanto para receber...
E saber-se do nada, alguma coisa que fazer... Para do nada fazer acontecer.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Baixar de braços

Sentir-se andar em excesso de não viver...
Ter soluções há vista longínqua do impossível...
Dá vontade de desligar, simplesmente adormecer...
Deste corpo e alma. marcante invisível...

Perder... O que não se ganha...

Cansado...

Vou vestir um pijama azul...
Não o tenho é certo...
Mas... Sonharei...
Será de seda; e que me envolva de colo.
E será assim o meu respirar.
Apenas de um sonho...




quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sentia... Apagava...

Senti um verdadeiro Xeque-Mate.
Soube-me bem... Ficar tão mal...
Não previa...
Não queria...
Mas acontece...
Mesmo morto..
Acontece...
Aquece..

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Interesse nato em sentir

Exigência absoluta de raciocínio métrico.
Xadrez imposto, mente lógica.
Intensidade única de materializar sentidos.
Silhueta esguia.
Tatear de cabelos longos.
Em feminino.
Subtileza, sobrevivência, saber, sangrar.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Miragem

Existe um rosto algures..
De abraço aconchegante
Morde-me, faltando-me em nenhures..
Enrolo meia lingua desconcertante

Tocando-me na profundidade, que desconhecia...
Enche-me em sombras de forma fugidia...

Palavras que nunca te sentirei...
À morte com o não ao pecado
Desejo desse recado..
Alma e sangue que pecarei!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ROSA SANGUE


"Ninguém Te vai parar, perguntar...
Fazer saber, porquê...


Vais ter de Te oferecer...
E entender, o que fará viver?

Vê, não basta ir, voar, seguir,
O cerco ao fim, aperta, trai, morde, engana a sorte, cai...
Não lembra de Ti...

È só o amor desfeito,
Rosa sangue ao peito,
Lágrima que deito,
Sem voltar atrás! 

Cresce e contamina...
Tolhe a luz à vida,
Que afinal ensina, quebra...
Dobra a dor e entrega amor sincero!

Honra tanto esmero, cala o desespero,
È simples, tudo o que é da vida herdou sentido!

Tem-Te se for tido, sabe ser vivido...
Fala-Te ao ouvido e nasces Tu."

Amor electro

http://www.youtube.com/watch?v=PSXNtMqAiqo

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Armário de sentidos

Há muito que o meu armário não é aberto...
Só quem sabe abrir, vê as minhas roupas de verão..
Não é de chave... É de Alma.
Não posso recusar, que critiquem a minha camisa amarela de flores.
Se viram... Abriram...
Quem o abre... É de Alma.
E quem é de Alma...
É-me.

Não é direito de propriedade...
É dever de liberdade.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

"Outro Lado"

Existe alguem, Que chamarei de Manuel...
Que por algum motivo qualquer, sente a morte de alguem, sem o identificar, apenas sabendo que será do seu circulo, dias antes do mesmo acontecer... E dias depois do falecimento é visitado pela entidade respectiva conseguindo na maioria dos casos ter uma identificação definitiva.

Tive acesso a registos diários desta personalidade; ao qual se mantêm em puro segredo, com o único objectivo de salvaguardar a sua própria personalidade, evitando assim possiveis azias de uma sociedade materialista sem capacidades de colocar no mínimo em dúvida a possibilidade e a respectiva pesquisa de um possivel "outro lado".
Do que me foi autorizado a partilhar... ofereço com o meu pobre verbo, mas com a resiliência necessária para que a mensagem seja compreendida.

Algures no tempo, era frequente no final do dia de trabalho, Manuel tomar rumo a um pequeno café, de uma pequena localidade, apenas pelo prazer de se encontar com os locais, e dar corpo a histórias de vida vividas na primeira pessoa.
Dentro de um determinado grupo de almas, destaca-se uma de nome Luis, que alêm de ser fanático pelo futebol; tinha uma visão interessante de um grande leque de temas.
Desde comportamentos na sociedade, culinária, mercados internacionais, vigarices públicas, desporto em geral, automoveis etc...
Eram sempre horas de conversa sem que a discussão tomasse rumos mais agrestes; excepto quando o tema era tangente ao espiritismo, ou mesmo o esotérico.
Era uma alma que tinha em mente o nascer e o morrer em absoluto, sem sequer aceitar a possivel existência de algo mais; chegando mesmo a classificar de charlatões todo e qualquer individuo que tocasse no tema.
Era um Luis caminhante para os setenta anos, com um pânico irreversivel pela classe médica; mesmo assim, teria saúde para viver a reforma recente de uma forma minimamente juvenil.
Manuel a determinado momento teve ausente duas semanas; volvendo, segue na rotina construtiva de se encontar com Luis no café.
Ao chegar, foi inundado com a noticia da partida repentina de Luis.
Tomando café de um golpe, regressa a casa, envolvido em sentimentos de perda, e com a amargura de não lhe ter acompanhado até á ultima morada.
Manuel, senta-se em leituras,  na tentativa de desprogramar a tristeza sentida.
Chegada a meia noite, assusta-se com estalidos fortes provenientes de um determinado ponto entre a parede e o tecto da sala; susto esse que desvaloriza mandando o corpo para o quarto, em comando adormecido.
Certo é que este cenário repetiu-se por mais 4 noites consecutivas; decicindo Manuel reflectir sobre tal barulho, permitindo-se concentrar em aceitação que algo teria de fazer.
Surpresa das surpresas... Era Luis, em estado leve energético, repleto de uma alegria nunca antes vista; e abordou Manuel com palavras breves sobre a sua partida, e despediu-se sorrindo e dizendo "Afinal o plano etéreo existe, tinhas razão...".
Manuel sentiu o silêncio em paz, que o próprio Luis tinha proporcionado

Fechei os manuscritos de Manuel, sem ler mais sobre o episódio; somando mais uma vivência registada; e fitei-lhe nos olhos um peso desmedido de quem não pediu nada, mas "sofre" continuadamente com vibrações inerentes a uma natureza simples e pura...

"Outro Lado"

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Contra-Veneno

Sai-me do peito o odor envenenado da raiva
Pendulo maldito que valsa entre ódio e a desilusão
Sobra-me pele enrrugada de contraverbios recebidos
Pasmos de desatitudes desumanas
Vómitos sangrentos do não saber estar
E na procura agreste de um contra-veneno
Encontro chão vidrado
Mil graus que o derretem...
Mas apenas ao vidro...
Preso dos pulsos; resta-me respirar...
Este enxofre da vida
Este oxido humano..
As 24 horas do dia deveriam de se resumir a um punhado de segundos.
Aqueles do sossego... Aqueles do nada...
Ou nenhuns...
Nem o relogio nasceu... foi inventado...
Nem a merda da escala está certa...
Empurrando o erro para um dia... a mais... no final de um ano qualquer...
Ou então um 29 que deixa de existir... e depois aparece...
É de vomitar a rir...
E perdura...
Que amargura, este meu peito... onde me deito...
Sonhando e amando um Contra-Veneno.
Ter, para ser retirado...
Mal amado...
Censurado...
Vivo num Pais de animais onde sacam o suor e a carne de quem cria e produz.
Animais pertencentes a uma corja de um verdadeiro negro profundo.
Mas eu venço... Rasgo-me... Mas venço!
Contra-Veneno!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Os Mortos conseguem dançar

Rose, deita-se nas 3 da madrugada, exausta de um fisico abusado sexualmente; o dinheiro era o objectivo principal.
Sonhava com uma vida repleta de sossego material, desfrutado na sua terra natal.
Irlandesa se sangue, possuia cabelos loiros venezianos pelo meio das costas; larga de ombros, vestigios de uma infancia em natação; 1,78m que subiam consideravelmente á custa da coleção de sapatos altissimos.
Labios de uma geometria sensual acompanhavam olhos verdes humidos de energia rosa.
Na sua cama modesta, relaxa suas costas em perdão absoluto com o dia de trabalho; cansada na ausência de sono, o seu cérebro encontra-se naturalmente em alfa, cumprindo os 10 ciclos por minuto; a actividade ideal para se observar o plano etéreo.
Rose não tinha formação nem conhecimento espiritual... Tudo nascia, e tudo morria; sem mais uma virgula a acrescentar no antes e no depois.
Apesar dos seus 36 anos vividos com diversos sintomas de clarividência; sempre colocou de parte possiveis descobertas espirituais; o medo era a principal causa de um possivel mundo maior onde tudo podia acontecer.
Olhos semi-serrados, em pleno negrume; sente energia vibrante em redor das suas pernas... Cansada em desgaste, deixa-se seguir atentamente sem se desviar do estado semi-sonolento, que lhe permitia ver ou sentir algo
Um cheiro intenso a rosas invade-lhe a alma; sentiu-se envolvida em perfume; apesar de não compreender o que se estava a passar, deu-se ao momento .
Ouve uma voz... doce, cristalina e portadora de uma jovialidade sem limites.
Era uma entidade Therese de Lisieux; nascida em 1873, faleceu apenas com 24 anos; tendo feito vida no convento das carmelitas.
 - "Sigo-te de perto, em todos os teus momentos; serei a tua ajuda em momentos proximos;será na saude, e passarás a receber aconselhamenteo espiritual.. Segue doce e em atenção"
Rose nem podia acreditar; sentia as mãos frescas acariciando a sua testa em pose de benção; e uma alegria invdia-lhe todo o corpo sem qualquer tipo de controlo.
Ainda sob o gosto da experiência... assusta-se com barulho intermitente eléctrico metálico; estica o braço para o pequeo candeeiro de mesa que repousava ao seu lado, e anula o negrume envolvente.
Olha em redor e nada vê, repousando na almofada sua cabeça.
Ouve novamento o mesmo som, e do nada aparece-lhe á frente a 2 metros da sua visão um bola dourada do tamanho de um punho, pulsava de energia nunca antes visto; era Metatron, um arcanjo que entre outras tarefas, se dedica á protecção de crianças com hiperactividade... segundos depois, sente uma pressão incomodativa entre o nariz e os olhos e não controla um aparente desmaio prufundo.
Rose entrara em sonho desmedido, onde se via a brincar com um rapaz de tenra idade, compreendia que seria fruto do seu ventre; e em final  da mensagem, aparece-lhe um homem altivo sorridente, que lhe informa...
-"Serei mentor desta criança, saberás o que fazer no futuro, dar-te-ei conselhos"...
Na manha seguinte, Rose desperta de forma serena, e em plena consciencia com o que tinha vivênciado; sem colocar questão alguma, sorri e comenta mentalmente...
"Afinal os Mortos conseguem dançar"...



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Do tamanho de um alfinete...

Tendo pisado perto de 40 paises...
Respirando culturas e inculturas...
O próprio trabalho não permitiu beber a verdadeira essência de quem tem a arte de saber visitar.
Visto e vendo o que verdadeiramente não se vê; estive...
Acima de um milhar as pessoas com quem falei nestes ultimos 28 anos, obtive varias perspectivas do Hidrogénio... essa molecula pequenina elementar, com massa atómica 1.
Tenho dias em que coloco em duvida a existencia do Hidrogénio... Mas trato-o com maiúsculas, não vá Ele ficar ofendido.
Na minha verdadeira mémoria marcada, existem alguns acidentes quase trágicos, e um cemitério; este foi com sentido turistico (que luxo)... Mas que cemitério! Paris no seu melhor.
Suécia... pensei sinceramente que o voo tinha sido desviado para o polo norte... era Janeiro.
Pequin... ia sendo comido...
Instambul... aposto o meu sangue que houve assassinato no quarto ao lado...
11 setembro... 3 meses depois... missão nos States... só faltou dissecarem-me o sexo pensando que poderia estar a traficar plutónio...
Chicago... elevador cheio de gente com a noticia histérica da morte do rei pop... Até o elevador gritava.
Montevideo... ia morrendo no taxi... tive de entrar todo besuntado a vaselina... suspeito que era um carro da barbie com um motor de um secador (a minha pasta vinha de fora)...
Rio de Janeiro... (não conto)
Joanesburgo... Soweto (South Western Townships) foco de resistência do apartheid, impressionante.
Moscovo... Ring com perimetro de 100 km, 4 faixas de cada lado... 1000 buracos por metro quadrado.
Budapeste... Danúbio pelo meio, e o lado Peste com história de amor...
Finlandia... 10 pessoas... 10 milhoes de punks...
Holanda... flores e prostitutas nas montras...
Alemanha... o pais que tem mais tabuletas nas autoestradas a dizer "alsfart" (fiquei envergonhado quando fui ao dicionário ver o que significava)
Bélgica... entro num restaurante, e sou assaltado por uma cozinheira (200kg) com uma lampada na mão; que me exigiu a substituição da mesma por uma queimada que supostamente deveria de estar ao serviço..

(canso-me)

E outras tantas...
Tenho regressado sempre... a este meu Pais...
Cada vez mais pequeno...
Tão pequeno...
Quase da altura... de um alfinete.

E que tanto aprendi,
De tudo o que sei... Nada sei...
De tudo o que vi... Nada vi...
Concluindo...

Sou do tamanho de um alfinete...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Utensílios de beleza...

Pregos
Lixa
Lima
Broca
Pincel
Esquadro
Compasso
Formão
Serrote
Tabuas
Barrotes
Correntes
Tinta... azul...

Cadeira de baloiço!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Textura da biblioteca

Monumento literário de forma redonda
Momentaneamente confortável em virtudes
Imperativamente desconfortável em verdades
Temas e livros bebidos vezes sem conta
Aclaram-nos maciamente as inquietudes
Livros suportados numa encruzilhada de traves

O processo inicial de existência
A biblioteca que sempre existiu
Com apaixonante clarividência
É necessário concordar se a viu
Processo de mãos dadas contíguo
Para a unificação de individuo

A condição de ser embrionado
Aceitar Nascer aceitar existir
Não tem pedido de autorização
Uma infância sempre apaixonado
Momentos de se fazer sentir
Uma alma do verdadeiro coração

Secção de registo, infância
Livros aromaticamente encadernados
Somos sempre, bem e mal amados
Com boa ou má memoria, a fragrância

Gestos humanos de carinho
Estado total de brincar
Devera de ser esse o caminho

É com uma jovialidade emotiva
Primeiros passos de Conseguir Crescer

Que me desloco para outra secção
Leitura atenta e talvez sentida
Primeiros acordes para perceber
Os primeiros sinais de emoção
Sem ter uma mente criativa
Será necessário começar a conhecer
Agir com alma e coração
Vários capítulos de partilhar
A alma beberrica informação
Paginas suculentas a falar
Agir da alma para o coração
Reconhecer prateleiras vazias
Que são para preencher
Paginas escritas todos os dias
Com conhecimento de viver
Começa cordialmente a textura
Mesmo com vida dura
Mesmo com vida de boneca
É esta a biblioteca

O capitulo mais extenso
Urgente Saber Viver
A alma veleja com o vento
Já se começa a entender

Livros soltos e dispersos
Conhecer em movimento os acessos
Entender matematicamente os processos
Assistir tranquilamente a Progressos

Hora de começar a educar
Ensinar a amar
Passar a melodia
Seja de noite
Seja de dia
A cantar
Ou a falar
Procurar por título genuíno
Saber cantar o hino

Uma condição do tempo
Aceitar Morrer
Ou deixar de viver
Deverei de estar atento
Saber aceitar
Aceitar a saber
Essencialmente reconhecer
Antes de tempo
No tempo
Depois do tempo
Saber sorrir
Sem corrigir
Aceitar Morrer

Passado presente futuro
Seguramente não é recta
Completamente triangular
Alma num centro seguro
Sem ser nenhum profeta
Humaniza-se saber rodar
Atingir estado maduro
Ordem de vida concreta
Saber realizar

A textura da biblioteca
Mesmo por quem peca
Pode ser macia
Nunca com alma vazia
Ou conhecida
Ou não conhecida

A textura da biblioteca
Depende de conseguir
Que ninguém peça
Saber sentir

A textura da biblioteca
Pode ser um caco de vidro
Pode ser uma boneca
Uma coisa é certa
É a nossa meta

Sempre com um sentido

A textura da biblioteca…

O sentido de vida

Mão

Saber carinhosamente estender a mão
Ser recebido de peito
Apelar em sentimento a razão
Acto vertiginosamente bem feito
Querer oferecer o tacto da compreensão
Mesmo em corredor estreito
Desejar sentir-se agarrado por união
Claramente o momento eleito
Unidos em pleno pela paixão
Sem qualquer tipo de defeito
Tranquilidade para o coração
Momento vorazmente perfeito

A minha e a tua mão

Palma com palma
Esquerda com direita
Conversa de alma
Harmonia perfeita

Os dedos embriagados de carinhos
Um bem saber ao tactear
Em suaves sussurros baixinhos
Um verdadeiro namorar

Mão

Tão forte como um beijo

Desejo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sabes mesmo ler na sombra?

E sentei-me...
Senti-me...

A ferros senti-me no peito...
De quem eu não conheço...
O que quero acreditar que não conheço...
Realmente senti...
Alguem que conheço...
Verdadeiro doce arte humilde tez do toque...
E que não mereço...
Lágrimas desta minha prisão...

Senti-me...
Enrolado em estranho...
Razo de vazio..
Arrastado no meu ser...
Sem capacidades de mais ver...

Dei-me...
Em pensamentos desmesurados...

Bailados desnorteados...
Relembrando que não mereço...
O vislumbre oferecido
Nesta minha página vivida...
Zona proibida...
E senti-me...
?

http://www.youtube.com/watch?v=5mJ08-pyDLg&NR=1&feature=endscreen

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Uma Trágica Morte De Amor

Em zona costeira, recortada pela tempestuosa força do mar, observa-se no horizonte uma calmia sossegante de tons azuis, contrastando com as escarpas sólidas macias de uma beira mar eterna.


No termito do bosque, com janela para imagem deslumbrante, entra-se em reverso ao mar para cores transmutadas a verde e castanho promovidas pelas verdejantes copas que a natureza plantou.

Em caminho dobrante desce-se em suaves curvas por encostas forradas a arruda e alecrim, saudando-nos pequenos pontos amarelos de uma folhagem minúscula, mas que nos assalta o olfato, dançando-nos com aromas rejuvenescentes.

Ele, de silhueta desconcertada, tinha no porte um sorriso melodioso; sintomático de uma esperança demolidora de encontrar e ser encontrado pelo verdadeiro Amor.

Jovem libertino, aproxima-se de sua aldeia com traços celtas em todos os redondos possíveis e imaginários; abraçada por forte corrente druídica, onde o saber era uma primeira necessidade de todos.

Caminho circundante a um lago negro de águas, avista o seu destino…

Uma cabana humilde, mas robusta, talhada em carvalho maciço… Uma única janela… voltada ao lago. Ligeiro fumo esbranquiçado saia de sua chaminé; tinha tons leves, saudando as parecenças com nevoeiro de fraca densidade.

Era domicílio de um Druida guarda.

Tinha na alma o selo cósmico da visão remota.

Com tal saber; de tenra idade que se colocou em posição de efetuar guarda ao lago; que lhe fornecia imagens de um futuro recente, abordando o mal e o bem.

Ele… em breves toques na porta espessa entreaberta, recebe permissão de entrada em humilde santuário.

Tinha como objetivo, saber a proximidade de possivel verdadeiro amor.

Em absoluto silêncio, trocaram saberes leves em uníssono continuado.

O Druida após preparação mental de Ele, colocou-o em frontal ao lago, tendo pelo meio a janela de 4 vidros.

O mental de Ele é assaltado com imagens claras… dois cisnes negros em valsante nadar de águas negras.

Druida de saber, coloca-lhe a mão sábia no ombro direito, e acalma-lhe a confusão mental, de não perceber tal simbolismo.

-Teu verdadeiro Amor está por chegar, e está muito de perto. Não saberás sentir, mas saberás gostar.

E chegará o dia que entenderás a verdadeira dimensão do Amor.. Passaras pela perda, e apenas a partir desse momento serás maior.

Ele, multiplicando-se em agradecimentos, faz-se ao caminho pensante.

Aceitando possivel pesar, segue crescente no positivo, e a passos largos rápido coloca em segundo plano possivel futuro.

Ao chegar na praça central, demarcada com um dólmen milenar, assiste a uma escassa lateral, num grupo de homens eufóricos em possivel construção de algo maior.

Preso pela curiosidade aproxima-se de alma aberta, pela vontade de beber o acontecimento.

Chegado de perto espanta-se com recente estátua colocada, em memória de alguém…

Era Ela!… de bronze… altiva..

Um grito avassalador interno, prendeu-se-lhe…

-“Já morreu!.. Nobre donzela… que me mereceu”…

Sentido Amor ardente no peito, cai por terra..

Morto e desgosto…

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

...

Tambem eu espero...

domingo, 25 de novembro de 2012

Bronze

Afinal é disso mesmo que se trata...
Queremos alguêm ou algo que no "Estatue" a bronze... Imortalize no presente... Para que o futuro não termine e o passado passe a fazer sentido.
Mas o tempo teima com azedumes; ar rebelde, impondo provações e descidas de genuinidade...
Bronze com Ele!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ela

Ela...
Era de bronze.. e tinha sido colocada a 20 metros de altura.
Mulher do passado, algures do século XVII; escreveu por linhas direitas, poemas tortos da sua vivência.
Imortalizada em figura metálica, a pedra sustentava-a num ornamento manuelino, o gótico Português tardio , querubins saudando a espiritualidade, corais sublinhando o maritimo, pinhas lembrando a imortalidade, e a esfera armilar, sublinhando a esperança no mundo; faziam da pedra uma prece longa e poderosa de activar poemas passados, escritos por mão esquerda, na sombra de cabelos ruivos, olhados e rasurados por olhos verdes... muitos deles, acompanhados pela humidade salgada das emoções.
O seu bronze de hoje, mantinha a silhueta das suas vestes monárquicas, e apesar da oxidação que o tempo abraçou, era airosa e detonante.
Na avenida por onde observo; encaixo a figura na frente de uma catedral, onde coloco duas torres sineiras, uma de cada lado de Ela... Dois guardas... Duas vozes... O bronze dos sinos...
Sinto-me enquadrado num eixo nascente, poente... A geometria do cenário fala comigo e explica-me historia de paixões... Ela observa sempre o poente... o deitar... a morte... com costas voltadas ao nascer... a iluminância...
De uma infancia rude e agreste, aprendeu a conhecer o Amor pelo próximo, poderia ser uma aprendizagem a solo, mas teve sempre a envolvência da dualidade; entre o branco e o negro de almas e desalmas.
Da sua infância, fica o registo altivo do grande Amor sentido e retribuido por... Ele... amigo de nascença, caminhante eterno das poucas brincadeiras entre campos, fontanários, ribeiros, e tudo o que permitisse soltar risos de alegria, e emoções de pura amizade cristalina.
Proibitivo de se unirem...
Casou cedo, forçada pelo acordo de duas familias, que teimavam em juntar corpos, sem que sentimentos fossem autorizados a declamar, em honra de amores verdadeiros.
Era homem rude, mecanizado com a estrutura suina de procriar, e tratar de negócios ultramarinos
A natureza não a abençoou com o poder materno, sendo colocada de parte em todos os assuntos, excepto no prazer monocarnal.
Afastada do verdadeiro Amor, nunca o largou, ligando-o em poesia... diariamente.
Aos 30 partiu... e deixou obra literária que a imortalizou no plano sentimental...
Bronze... liga fantástica unindo o cobre e o estanho... o metal escolhido para dar corpo a Ela, relembrando Ele.
Ela e Ele, um só... unidos pelo poema...

Polsku & Emma


 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Vibrante

Entre mundos paralelos
musicalidade de violoncelos...
Onde se conhecem supercordas
plena ausência de provas...
Talvez a meio
onde está o receio...
Mais ano luz menos ano luz
onde o espirito se produz...
Existe algo vibrante
de um nervosismo cintilante...

Pedra pesada e dura caminha para diamante...
Alma casada e crua domina para amante...

Este ar respiravel...
Há muito tempo não navegável...

Formigueiro maldito!
Não escrevo do que tenho dito! 



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Gota

De palma estendida cai-me uma gota...
Uma simples gota...
Água de algures com geometria pré-formada por esta gravidade que nos abraça.
Parou o meu caminhar em pensamentos...
Senti-me em uníssono com algo de força maior..
Tudo o que me envolvia apagou.
O céu escuro, o som do mar, a vegetação envolvente, o chão duro contornado por linhas despenteadas, o vento frio suave de aroma a iodo com vestes de maresia..
Um plano formado por equações complexas apresenta-se.
Apenas a minha mente processa o que vê...
Os olhos passam a ser acessório, um bem material não necessário.
A gota eleva-se, a um ponto não definido, fazendo convite a uma partilha.
Contra o que é conhecido das leis da física, apenas mentalizo as imagens que a Gota me oferece.
E de um espelhado luzidio, abre-se um pequeno portal, como se todo o meu eu entrasse de forma comprimida para outro mundo.
Entro...
Outro mundo...
Observando, sem capacidade de raciocinio, lavro todos os metros quadrados em meu redor, e do que vejo, nada se parece com nada... Apenas se sente... Ar leve que não se consome, luz ambiente que ofusca o negro, sons valsantes a subtituir o ritmo cardiaco que não sinto... E sim... é uma paisagem sem fim.
Seguindo sem destino... Apenas comandado pela curiosidade, observo pequenos lagos que se me aproximam...
Um atrás do outro, refletem-me pequenas imagens do mundo de onde venho.
Imagens essas, de pobreza, almas desprovidas de emoções, orfãos mal tratados, e um sem número de angûstias.
Pareciam espelhos da vida real, onde apenas se retratava a tristeza....
Espelhos onde me revi em diversas situações.
Seguindo caminho sem rumo, sou orientado por sons familiares... Vozes..
Era uma clareira de chão macio, forrado a verde veludo... Rochas aqui e acolá de um branco polido, rendilhadas com flores de cores diversas... imaculadas.
Era simples, mas de um conforto sentido... Respirável.
As vozes eram propriedade, das pessoas envolvidas nos lagos que espelhavam o meu mundo; mas era estranho, porque agora estavam bem, estavam leves e sorridentes...
Como se de uma reunião casual se tratasse...
Fiquei sem perceber o quadro apresentado... Seria de um pintor qualquer, que consegui-se pintar duas dimensões em simultanêo.. ou em paralelo...
Mas percebo... cada um tece o caminho que pretende; bastando ter a coragem de navegar em outros mares, utilizando conhecimentos adquiridos; e vendo em cada negrume uma luz que orienta.
Sinto um frio gélido nas costas... Gélido mas seguro...
Volto-me mecânicamente de palma estendida...
Cai-me uma gota...
E penso...
Outro mundo?
A resposta assalta-me em sentimento, com uma profundidade cristalina... Dizendo-me..
"Outro mundo... e quantos queiras... quantas gotas a chuva te dá, quantos mundos poderás ter...
tudo se tranforma quanto queres... dando... recebes".
Desperto em mim...
O som do mar...
O cheiro da maresia..
O verde da vegetação...
Tudo ligado, preenchendo-me de uma forma nunca antes sentida...
E neste mundo pesado... senti-me leve... senti-me a pertencer a um todo; que apenas faz sentido.. como um todo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Caminho de folhas secas

Serei eu sem ser o que não sou
Engano-me descontinuadamente
Em frente… para onde vou…
Em incerteza ardente

Estaladiço destas folhas secas
Que aos meus pés faz sentir
Manto castanho contornos violetas
Alma quente polida sem cair

Não há agua que beba nem pão que tome
E da não fome que me desalimenta
Nem me lembro o que ela come
Caminho de folhas secas que me comenta

E no ser

Ter…

Caminho de folhas secas

Entre árvores esculpidas pela terra e a chuva, a ansia que me dás!
De desbravar com unhas partidas até que o sangue se liberte das pontas dos dedos!
E de dentes cerrados, dilatar as veias do pescoço com tal arremesso raivoso,
Corpo alma e sangue em todas as vírgulas, em todas as curvas, em todos os buracos.

Estorva-me esta vontade de pisar as folhas secas

Estorva-me… pensar que o caminho tem fim…

Estorva-me… pensar que não tem fim…

Estorvo-me…

Despindo-me a pele, tirando a carne, arrumando os ossos… sobra-me um ponto de luz…

Que voa… e cresce…

E volta a pisar.. o caminho… das folhas secas…