domingo, 29 de janeiro de 2023

Quando tiveres saudades minhas, abraça por quem me trocaste.

Uma recordatória muito interessante.
Interessante ao ponto de não conter veneno, mágoa ou desilusão.
Afinal, nada se perde, tudo se transforma; e a transformação que seja isso mesmo, a continuidade de um ácido qualquer para açúcar.
O brilho que recai sobre a palavra do mundo, que nunca diz a verdade "Somente" (Só_mente), torna-se doce aquando sai do reverso só_mente e entra no somente do apenas.
E a mentira proferida por mente humana, que seja leve, e tenha como destino porto seguro; só assim se aceita a mentira, e corre riscos de entrar em desinformação construtiva.
Abraça por quem me trocaste... O emprego bem longe, as aulas de dança, o carro novo, o homem que te faz rir, a viagem de aventura... seja o que for.
Abraça e coloca foco maior na eficácia de tudo ser melhor; torna-te alma elevada sem pena, apenas com foco.
Também posso fugir de ti, para consolidar a minha paz a solo, e quando tiver saudades tuas apenas me resta abraçar a fuga, e quando te veja, que o ciúme de te ver bem se transforme em bênção da transmutação. 

Mais do que aceitar, 
é saber sentir, 
apenas o lado construtivo, 
de que abraces 
por quem me trocaste.
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A uma escala muito menor, tudo parece perfeito.

 Não sei se será, mas vistas as coisas por um determinado prisma, parecem ser.

Decorria o ano de 3000 e qualquer coisa, antes de cristo, quando no Egipto se criou uma ferramenta de alinhamento nas construções das pirâmides, o mesmo foi chamado de fio de prumo; passando a ser usado na construção civil para constatar a verticalidade das paredes.

Construindo duas paredes de frente uma á outra, e tendo esta ferramenta extraordinária de alinhamento; obtém-se em final de obra duas paredes paralelas; e os relatórios são fechados com obra aprovada e conforme.

No Egipto era usado para alinhar os 4 pontos cardiais, obtendo a estrela polar, com objectivos de marcar o Norte.

Mas...

A uma escala muito menor, que é o paralelismo das duas paredes, colocamos a uma escala muito maior o funcionamento do fio de prumo, entrando em acção a gravidade; os tais 9,2 m/s2 (aceleração), que vem do centro da Terra; e considerando que a Terra é "redonda", o alinhamento dos fios de prumo puxam ao centro da mesma.

Recordando a descrição do fio de prumo, o mesmo é constituído por um fio e por um peso; estando na parte superior uma peça que dista do centro á extremidade a mesma distancia que vai do centro do peso á extremidade do mesmo, e o fio faz a mediação em comprimento entre as duas peças descritas, garantindo em observação, pela não existência de folga, a perpendicularidade, e por consequência a verticalidade. 

Fazendo uma avaliação que a gravidade se encontra a "puxar" desde o centro da Terra; avalia-se naturalmente, que os fios de prume vão colocar as duas paredes construídas, não de forma paralela, mas sim a afastarem-se uma da outra; isto no caso de as projetarmos para o infinito.

A uma escala muito menor, encontram-se paralelas e perfeitas, mas a uma escala muito maior, afastam-se. Fácil de visualizar que caso as paredes se encontrem afastadas 10 metros uma da outra, os fios de prumo vão fazer acção pela gravidade ao centro da Terra, um único ponto, e desde o centro da Terra á superfície da mesma, traçamos duas linhas, cada uma destinado á sua parede respectiva, que distam os tais 10 metros, se dermos continuidade para o infinito... continuam a afastar-se...

Como numa união, seja de casamento ou de outro estado de espirito qualquer, a semelhança de dois pilares devidamente aprumados (fazendo analogia de casal), tem tendência a desvios, caso sejam projectados para o infinito; a não ser que se mantenham numa escala muito menor, a perfeição será raiz duradoura a dois; sendo projectados para infinitos e dando corpo á imagem do afastamento, ficam sempre as lições de vida e saber assumir a mestria que o que não correu bem, apenas deu valor acrescentado ao crescimento pessoal; e sinceramente que se afaste de vez, mas que venha o sentimento de bênção por alavancar processos de crescimento interior; a uma escala muito menor tudo se mantem perfeito.

Parece uma comparação parva, mas se formos á nossa biblioteca de conhecimentos e utilizarmos o grau de comparação, verificamos que não estamos longe da verdade.

Como o ar que respiro, se ampliar drasticamente a visão, vou materializar diante os meus olhos a escala muito menor os dois oxigénios abraçados um ao outro; a uma escala muito menor vemos o O2, em equilíbrio perfeito, e extremamente importante para a nossa vida.

Vivemos e sobrevivemos com esta coisa minúscula nesta grandiosa escala menor; e o mais interessante é que a perfeição máxima desta escala muito menor, tanto nos dá a vida, como também a retira, sendo o mesmo responsável pela oxidação, oxidação essa que nos envelhece e nos transporta para fora deste planeta.

Este O2 que é de uma escala muito menor, encontra-se perfeito a dar alimento ao nosso principio carnal e a retirar em fim de processo a vitalidade necessária para a continuidade. Simplesmente perfeito.

Se eu conseguisse escrever este texto a uma escala muito menor, seria perfeito; apenas com quatro palavras; e conseguir transmitir perfeição, nada como puxar pela imaginação e tornar este texto mesmo perfeito, ao estilo de uma escala menor, apenas com 4 palavras...

Beijo de boa noite.


domingo, 22 de janeiro de 2023

Ultimo folgo... Sente-se.

 Duas pessoas...

Que se casam, ou se juntam, ou se namoram.

Desde o momento que o fazem, e partindo do principio que chegam ao "fim"; muito se pode dizer.

Por anos de altos e baixos, mas sempre em lealdade, cumprem um requisito de caminhar a dois, com filhos ou sem eles, com netos ou sem eles, será sempre um caminho a dois.

E nos tempos actuais, pode-se lançar uma estatística para o ar, que apenas 40% da população mundial atinge este processo.

E existe uma péssima noticia para este 40% de pessoas.

Se chegam ao "fim" da caminhada a dois, significa que um deles morreu, e será nessa altura que se vibra na perda de Amor; e veste-se a roupa fraca e ligeira, do gelo da solidão, e do silêncio mórbido do "gosto de ti", ou do simples, "estás bem?"... Ou mesmo o silêncio do "Beijo de boa noite".

Considerando que o processo termina na velhice, observamos claramente que já se vai tarde para o entrequerido que partiu ser substituído, na tentativa de amaciar a perda com recurso a vida nova a dois.

A velhice já não transmite beleza, e nem tem a energia corporal para começar o quer que seja; estamos perante um processo muito bem desenhado, que afunila acções para a aceitação e sentires da perda do próximo sem sequer equacionar "o recomeçar".

Nasce-se... Morre-se. Ou com mais elevação ou com menos elevação; e não vai ser por cá que as evidências se materializam; será no etéreo; a dois será ainda mais poderoso.

E na contagem decrescente para o dia da partida, mede-se com régua coração e estatística cabeça, a dimensão energética da essência Amor, sofrendo-se na percepção que tudo poderia ter sido muito melhor, vivido com mais intensidade, com pés genuínos de caminhar.

Já vou a menos de metade deste meu percurso terreno, provavelmente não vou ser abençoado com a inclusão nos 40%; mas com a clara abertura de pensamento do desejo de pertencer a esta péssima noticia.

E esta nossa dimensão energética, que acaba por ser alinhada ou desalinhada, por vários planos energéticos presentes, ou de vidas passadas, acaba por ser uma equação extraordinariamente complexa e subtil em simultâneo, que nos permitirá escalar em evolução da nossa própria essência.

Medos e tretas, assim como a desformatação provocada por terceiros, em passado mais ou menos recente, não deve de forma alguma alimentar o baixar de braços, e com toda a energia do querer, entrar na viagem a dois até o destino final, é sem dúvida alguma, mais que um desafio, é um enorme respeito que todo e qualquer ser humano merece; haja gente equilibrada, e que faça leitura de textos iguais ou parecidos a este; que arrume as ideias.

Neste mundo diversões, festas, e contas a pagar; faço a minha conclusão, que realmente todos nós (bem... só falo por mim mesmo!), assumimos a partir de determinado momento que temos duas vidas por cá; a primeira é quando somos jovens, e pensamos numa "quase imortalidade", e a segunda é quando constatamos que realmente isto anda muito depressa, nada volta para traz, e já não há nada a fazer.

Eu bem queria reencarnar calhau, mas carreguei no botão errado... Portanto... Siga!