terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A uma escala muito menor, tudo parece perfeito.

 Não sei se será, mas vistas as coisas por um determinado prisma, parecem ser.

Decorria o ano de 3000 e qualquer coisa, antes de cristo, quando no Egipto se criou uma ferramenta de alinhamento nas construções das pirâmides, o mesmo foi chamado de fio de prumo; passando a ser usado na construção civil para constatar a verticalidade das paredes.

Construindo duas paredes de frente uma á outra, e tendo esta ferramenta extraordinária de alinhamento; obtém-se em final de obra duas paredes paralelas; e os relatórios são fechados com obra aprovada e conforme.

No Egipto era usado para alinhar os 4 pontos cardiais, obtendo a estrela polar, com objectivos de marcar o Norte.

Mas...

A uma escala muito menor, que é o paralelismo das duas paredes, colocamos a uma escala muito maior o funcionamento do fio de prumo, entrando em acção a gravidade; os tais 9,2 m/s2 (aceleração), que vem do centro da Terra; e considerando que a Terra é "redonda", o alinhamento dos fios de prumo puxam ao centro da mesma.

Recordando a descrição do fio de prumo, o mesmo é constituído por um fio e por um peso; estando na parte superior uma peça que dista do centro á extremidade a mesma distancia que vai do centro do peso á extremidade do mesmo, e o fio faz a mediação em comprimento entre as duas peças descritas, garantindo em observação, pela não existência de folga, a perpendicularidade, e por consequência a verticalidade. 

Fazendo uma avaliação que a gravidade se encontra a "puxar" desde o centro da Terra; avalia-se naturalmente, que os fios de prume vão colocar as duas paredes construídas, não de forma paralela, mas sim a afastarem-se uma da outra; isto no caso de as projetarmos para o infinito.

A uma escala muito menor, encontram-se paralelas e perfeitas, mas a uma escala muito maior, afastam-se. Fácil de visualizar que caso as paredes se encontrem afastadas 10 metros uma da outra, os fios de prumo vão fazer acção pela gravidade ao centro da Terra, um único ponto, e desde o centro da Terra á superfície da mesma, traçamos duas linhas, cada uma destinado á sua parede respectiva, que distam os tais 10 metros, se dermos continuidade para o infinito... continuam a afastar-se...

Como numa união, seja de casamento ou de outro estado de espirito qualquer, a semelhança de dois pilares devidamente aprumados (fazendo analogia de casal), tem tendência a desvios, caso sejam projectados para o infinito; a não ser que se mantenham numa escala muito menor, a perfeição será raiz duradoura a dois; sendo projectados para infinitos e dando corpo á imagem do afastamento, ficam sempre as lições de vida e saber assumir a mestria que o que não correu bem, apenas deu valor acrescentado ao crescimento pessoal; e sinceramente que se afaste de vez, mas que venha o sentimento de bênção por alavancar processos de crescimento interior; a uma escala muito menor tudo se mantem perfeito.

Parece uma comparação parva, mas se formos á nossa biblioteca de conhecimentos e utilizarmos o grau de comparação, verificamos que não estamos longe da verdade.

Como o ar que respiro, se ampliar drasticamente a visão, vou materializar diante os meus olhos a escala muito menor os dois oxigénios abraçados um ao outro; a uma escala muito menor vemos o O2, em equilíbrio perfeito, e extremamente importante para a nossa vida.

Vivemos e sobrevivemos com esta coisa minúscula nesta grandiosa escala menor; e o mais interessante é que a perfeição máxima desta escala muito menor, tanto nos dá a vida, como também a retira, sendo o mesmo responsável pela oxidação, oxidação essa que nos envelhece e nos transporta para fora deste planeta.

Este O2 que é de uma escala muito menor, encontra-se perfeito a dar alimento ao nosso principio carnal e a retirar em fim de processo a vitalidade necessária para a continuidade. Simplesmente perfeito.

Se eu conseguisse escrever este texto a uma escala muito menor, seria perfeito; apenas com quatro palavras; e conseguir transmitir perfeição, nada como puxar pela imaginação e tornar este texto mesmo perfeito, ao estilo de uma escala menor, apenas com 4 palavras...

Beijo de boa noite.