E no verso de um dedo reverso..
aponto nessa estrela mais brilhante...
de raiva ganância serena pura eu peço...
esse meu desejo de estar bem distante!
Mas não fica daqui!
Com o que não pedi!
De mãos cerradas não me vergo, nem me desminto
lagrimas e suor serão a roupa de que me dispo...
Tenho o verbo na lingua e o perdão na alma...
essa arma afiada, blindagem pura..
Abraço o negro com esta minha calma...
e de olhos, vou-me ver, revirar na brandura..
Acolhe-me...
em distancia..
do que cresço...
apenas do que mereço...
Assim seja..
terça-feira, 14 de julho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
Flor de Papel
Decorriam ventos numa tarde de gosto sorridente...
Num passear com falta de gente
Entre jardins selvagens e regatos melodiosos..
De tudo o que mexia animais habitantes corajosos
Passeava eu em olhos de refexão
Por verdura crescente do chão
Em cenário de pura natureza... brilha algures uma criança..
O tempo muda de vento para uma chuva quente..
Reparo numa flor... que o menino planta...
Era de papel..
Pensando eu que tal trabalho se iria desvanecer por força da água..
E que um triste sorriso sairia de tal pequena alma...
Surpreso fiquei...
Aproximei-me de tal imagem... e confirmei
O menino de joelhos, aconchegava a terra envolvente ao caule da flor de papel...
as gotas da chuva batiam nas petalas, e davam vida luminante ás cores garridas,
uma aureola na cor indigo esbatia em redor...
Do que via...
Apenas confirmava...
Estava perante uma criança muito especial... com Sindrome de Down..
Era notório... daquelas mãos pequenas saiam vida... colocava nos recortes de toda a flor,
um respirar oxigenante, que a faziam brilhar de toda a natureza envolvente...
Da própria terra saiam correntes de energia, como se comandadas pela criança...
Era uma força imensa que faziam valsar os 5 elementos..
De sorriso fui recebido... da imagem, fiquei encantado.. e senti-me pequeno perante tal grandiosidade..
Este tipo de almas, é munida de uma coragem avassaladora...
Apenas quem é sabedor... o sabe.. e o sente...
Afinal... é de gente!
Num passear com falta de gente
Entre jardins selvagens e regatos melodiosos..
De tudo o que mexia animais habitantes corajosos
Passeava eu em olhos de refexão
Por verdura crescente do chão
Em cenário de pura natureza... brilha algures uma criança..
O tempo muda de vento para uma chuva quente..
Reparo numa flor... que o menino planta...
Era de papel..
Pensando eu que tal trabalho se iria desvanecer por força da água..
E que um triste sorriso sairia de tal pequena alma...
Surpreso fiquei...
Aproximei-me de tal imagem... e confirmei
O menino de joelhos, aconchegava a terra envolvente ao caule da flor de papel...
as gotas da chuva batiam nas petalas, e davam vida luminante ás cores garridas,
uma aureola na cor indigo esbatia em redor...
Do que via...
Apenas confirmava...
Estava perante uma criança muito especial... com Sindrome de Down..
Era notório... daquelas mãos pequenas saiam vida... colocava nos recortes de toda a flor,
um respirar oxigenante, que a faziam brilhar de toda a natureza envolvente...
Da própria terra saiam correntes de energia, como se comandadas pela criança...
Era uma força imensa que faziam valsar os 5 elementos..
De sorriso fui recebido... da imagem, fiquei encantado.. e senti-me pequeno perante tal grandiosidade..
Este tipo de almas, é munida de uma coragem avassaladora...
Apenas quem é sabedor... o sabe.. e o sente...
Afinal... é de gente!
O "Jardim das delicias"
Nada como Hieronymus Bosch, para fazer arte desta forma...
3 telas que desafiam o olhar de quem gosta..
Descrevendo a criação deste nosso mundo, com pinceladas de inferno e paraiso...
O quadro central descreve os prazeres a que o homem se submete, nas practicas sexuais, não olhando á critica... submetendo o vale tudo, na tinta que coloriu a mensagem.
As telas laterais correspondem ao paraiso e ao inferno respectivamente...
Vale a pena... investir uma hora por cada cenário...
Entra-se num mundo á parte... que não deixa de ser nosso.
domingo, 14 de junho de 2009
Decrescente
Estes meus olhos fechei...
Sem obstáculos caminhei..
fui aos cantos redondos da fome..
Uma Criança que não come..
da desolação..
Uma mãe sem coração..
do sofrimento..
A todo o momento..
e percebi..
de quantos cegos este planeta tem..
Avassalador...
tamanha dor..
Sem obstáculos caminhei..
fui aos cantos redondos da fome..
Uma Criança que não come..
da desolação..
Uma mãe sem coração..
do sofrimento..
A todo o momento..
e percebi..
de quantos cegos este planeta tem..
Avassalador...
tamanha dor..
A flor violeta que viu o cabelo enferrujado da senhora importante
Era uma vez, uma flor que dançava no cimo do cume do monte azul,
banhado pela costa sul pelo sol de raios verdes,
costa norte soprada por ventos aromáticos de canela,
paisagem sobre um imenso mar alaranjado,
pedras aqui e acolá de cor pérola, chão de cetim…
Uma dança fluida e calma… ondulante
Uma felicidade natural
De fazer inveja a qualquer amante
Um verdadeiro pedestal
A flor violeta, reparou, na sombra que caminhava em sentido do cume do monte azul, de forma precisa e de andar altivo…
Uma sombra feminina, de toda formada em sabedoria, saber fazer….
A flor violeta terminou a dança, baixou as pétalas, aprumou as folhas do caule….
Sorriu, esperou pela visita…
Seria interessante um par de horas de conversa, pensou ela.
Espanto dos espantos….
A senhora importante tinha o cabelo enferrujado…
Que visão estou a ter
Um ser humano estragado
Uma senhora com tanto saber
Tem o cabelo enferrujado
A tristeza ferrugenta sentou-se de pernas cruzadas ao lado da flor violeta, espalhou o olhar em redor, admirou a paisagem…
encheu a alma com as cores que lhe eram oferecidas…
fechou os olhos, inspirou o vento doce…
Findo o tempo de contemplação, soltou uma pergunta….
Flor?
Onde mora a felicidade?
A resposta foi demorada, mas reflectida…
Não sei onde mora… como não conheço a tristeza, não necessito de procurar pela felicidade…Mas ouvi dizer que ela se conquista…
A senhora importante de cabelo enferrujado assentiu a resposta, e com um movimento suave acarinha a flor violeta, sorrindo…
Soltou o verso
Do nada se faz tudo
Do tudo se faz nada
Eu que perduro
Quero ser amada
A flor violeta, apenas se expressou com a dança fluida, pétalas valsistas.
A senhora importante do cabelo enferrujado sorriu…
conquistou o momento feliz… e ao perceber a simplicidade do gesto, com tamanha naturalidade, assim percebeu que a felicidade nunca se perdeu.
Do nada, em redor do momento, se juntam os gnomos que dali saíram, da pedra desinteressante, do buraco inexpressivo, do arbusto árido secante, até mesmo do vento, do seio do aroma de canela.
Juntaram-se em redor… e soltaram o ensinamento…
Senhora importante de cabelo enferrujado, em verdade vos digo…Estenda a mão a quem de alma é mendigo...
Esse lindo cabelo vai ter cor e a claridade,
Do tamanho amor que faz a caridade…
E não pense na recompensa
Não é disso que ela pensa…
É neste sólido contexto de serenidade
Que existe a verdadeira felicidade.
A senhora importante de cabelo enferrujado, ao sentir as palavras, fechou os olhos…
Navegou pelo passado
Analisou o que estava errado…
Levantando-se suavemente, no meio do quadro pintado de tons verdade,
Abre os braços…
A tamanha liberdade…
Desenha no ar breves traços…
Do saber respirar, que caminho percorrer
O sentido da verdadeira felicidade,
E com tamanho sorriso tornou a agradecer…
Passados anos, os cabelos já mais tinham ferrugem,
Um branco luzidio espalhava a luz por todos os recantos,
Um prisma cintilante, uma fonte de luz serena,
E uma mensagem pairava no ar…
“Quem quer… consegue…”
banhado pela costa sul pelo sol de raios verdes,
costa norte soprada por ventos aromáticos de canela,
paisagem sobre um imenso mar alaranjado,
pedras aqui e acolá de cor pérola, chão de cetim…
Uma dança fluida e calma… ondulante
Uma felicidade natural
De fazer inveja a qualquer amante
Um verdadeiro pedestal
A flor violeta, reparou, na sombra que caminhava em sentido do cume do monte azul, de forma precisa e de andar altivo…
Uma sombra feminina, de toda formada em sabedoria, saber fazer….
A flor violeta terminou a dança, baixou as pétalas, aprumou as folhas do caule….
Sorriu, esperou pela visita…
Seria interessante um par de horas de conversa, pensou ela.
Espanto dos espantos….
A senhora importante tinha o cabelo enferrujado…
Que visão estou a ter
Um ser humano estragado
Uma senhora com tanto saber
Tem o cabelo enferrujado
A tristeza ferrugenta sentou-se de pernas cruzadas ao lado da flor violeta, espalhou o olhar em redor, admirou a paisagem…
encheu a alma com as cores que lhe eram oferecidas…
fechou os olhos, inspirou o vento doce…
Findo o tempo de contemplação, soltou uma pergunta….
Flor?
Onde mora a felicidade?
A resposta foi demorada, mas reflectida…
Não sei onde mora… como não conheço a tristeza, não necessito de procurar pela felicidade…Mas ouvi dizer que ela se conquista…
A senhora importante de cabelo enferrujado assentiu a resposta, e com um movimento suave acarinha a flor violeta, sorrindo…
Soltou o verso
Do nada se faz tudo
Do tudo se faz nada
Eu que perduro
Quero ser amada
A flor violeta, apenas se expressou com a dança fluida, pétalas valsistas.
A senhora importante do cabelo enferrujado sorriu…
conquistou o momento feliz… e ao perceber a simplicidade do gesto, com tamanha naturalidade, assim percebeu que a felicidade nunca se perdeu.
Do nada, em redor do momento, se juntam os gnomos que dali saíram, da pedra desinteressante, do buraco inexpressivo, do arbusto árido secante, até mesmo do vento, do seio do aroma de canela.
Juntaram-se em redor… e soltaram o ensinamento…
Senhora importante de cabelo enferrujado, em verdade vos digo…Estenda a mão a quem de alma é mendigo...
Esse lindo cabelo vai ter cor e a claridade,
Do tamanho amor que faz a caridade…
E não pense na recompensa
Não é disso que ela pensa…
É neste sólido contexto de serenidade
Que existe a verdadeira felicidade.
A senhora importante de cabelo enferrujado, ao sentir as palavras, fechou os olhos…
Navegou pelo passado
Analisou o que estava errado…
Levantando-se suavemente, no meio do quadro pintado de tons verdade,
Abre os braços…
A tamanha liberdade…
Desenha no ar breves traços…
Do saber respirar, que caminho percorrer
O sentido da verdadeira felicidade,
E com tamanho sorriso tornou a agradecer…
Passados anos, os cabelos já mais tinham ferrugem,
Um branco luzidio espalhava a luz por todos os recantos,
Um prisma cintilante, uma fonte de luz serena,
E uma mensagem pairava no ar…
“Quem quer… consegue…”
Mar
Os floreados que se apanham num passeio junto ao mar
De um apenas molhar de pés; um rejuvenescer profundo...
As magoas reduzidas em pensamentos que se mandam ao ar
...e apenas desta areia que pisei onde mora neste mundo
as blasfémias ficam salgadas
as ideias tortas congeladas
e o olhar que fica vazio, cheio de paisagem
neste meu pensar, nesta minha viagem...
De um apenas molhar de pés; um rejuvenescer profundo...
As magoas reduzidas em pensamentos que se mandam ao ar
...e apenas desta areia que pisei onde mora neste mundo
as blasfémias ficam salgadas
as ideias tortas congeladas
e o olhar que fica vazio, cheio de paisagem
neste meu pensar, nesta minha viagem...
Medo
Escolhendo caminhos e ruelas, no sentido de conseguir alguns resultados minimamente satisfatórios, que me transmitissem algum conhecimento, no campo da "nossa existencia", ou "o que se deve de ser feito" na nossa existência terrena...
e para obter uma evolução mais espiritual e menos materialista...
barrei-me em Sintra...
com uma espécie de carta aberta, que escondendo tudo...
tudo transmite.Do que aprendi...
partilho...
Viagem no tempo...
O Palacio Nacional Da Pena, edificado no seculo XIX, era claramente um local mistico e habitado; e em particular por Dom Carlos I.
É neste reinado, que "acontece" um passo silencioso e gigantesco no sentido de se "esconder" um dos maiores segredos da humanidade; a pedido do Rei Luis Filipe I de França... O objecto em questão era um mapa, que indicava com precisão um objecto valiosissimo para toda a humanidade; este mapa foi entregue em mãos á Rainha D. Amélia numa das festas privadas que era habitual fazer-se.Segredo este, guardado por Mançons, Cruzados, e uma série de intelectuais espalhados ao longo do tempo neste nosso planeta.
O Dr. Monteiro (grande amigo do Rei) na impossibilidade de comprar o Palacio da Pena; Dom Carlos I não queria, nem podia vender; não foi de modas e comprou uma quinta com 5 hectares, onde viria a ser a sua residencia; e por sinal, o local de eleição para esconder o "segredo".
É com este trio... Rei Dom Carlos I, Rainha D. Amélia, e o Dr. Monteiro, que se faz nascer uma "montra" neste nosso pais sobre uma preciosidade para a humanidade.
Sendo o Monteiro dos milhoes uma personalidade intelectualmente alucinada, com profundos conhecimentos em temas diversos, e sendo um amante engenhoso do esoterismo... foi ele mesmo o "escolhido" para esconder o mapa.
É aqui que nasce a Quinta da Regaleira, com tuneis, lagos, poços, estátuas diversas personificando os deuses, simbolos da Maçonaria, etc...
Verdade seja dita, que o dito mapa, foi destruido, e deu corpo geográfico á própria quinta; ou seja; é no local que se sente o caminho a percorrer (é essa a funcionalidade de um mapa), assim como o encontro do bem dito objecto, que de materialista nada tem, mas sim um encontro muito particular de uma parte do nosso "eu"; o lado do "Medo".
Devo de salientar que essa parte, sobressai maioritariamente no "Poço Iniciático", mas para se chegar a esta descoberta, toda a quinta (todo o mapa) deve de ser percorrida, identificando e lendo todos os sinais existentes, (confesso que é necessário desfolhar muitas "páginas").
O resultado final é soberbo, e orienta-nos definitivamente para "caminhos seguros".
Sempre defendi "ter medo é bom! baliza-nos!"... não podia estar mais errado!!!Saber ultrapassar barreiras, colocando medos de parte, seguramente que chegamos a porto seguro de uma forma mais rápida e eficaz, obtendo maior elevação a todos os niveis, sejam eles espirituais ou materiais.... resumindo... este é o Grande Segredo da Quinta da Regaleira.
Se efectuarmos um estudo ao longo da historia (passado e presente), verificamos que movimentos de Reis, Ditadores, Clero, seitas, etc., sempre utilizaram o medo para mexer massas e multidões, apenas com o proposito de obter poder e soberania...
Tenham um dia de aventura na Quinta da Regaleira, vão documentados, e sintam o que verdadeiramente toda a humanidade deveria de sentir....
Divirtam-se...
e para obter uma evolução mais espiritual e menos materialista...
barrei-me em Sintra...
com uma espécie de carta aberta, que escondendo tudo...
tudo transmite.Do que aprendi...
partilho...
Viagem no tempo...
O Palacio Nacional Da Pena, edificado no seculo XIX, era claramente um local mistico e habitado; e em particular por Dom Carlos I.
É neste reinado, que "acontece" um passo silencioso e gigantesco no sentido de se "esconder" um dos maiores segredos da humanidade; a pedido do Rei Luis Filipe I de França... O objecto em questão era um mapa, que indicava com precisão um objecto valiosissimo para toda a humanidade; este mapa foi entregue em mãos á Rainha D. Amélia numa das festas privadas que era habitual fazer-se.Segredo este, guardado por Mançons, Cruzados, e uma série de intelectuais espalhados ao longo do tempo neste nosso planeta.
O Dr. Monteiro (grande amigo do Rei) na impossibilidade de comprar o Palacio da Pena; Dom Carlos I não queria, nem podia vender; não foi de modas e comprou uma quinta com 5 hectares, onde viria a ser a sua residencia; e por sinal, o local de eleição para esconder o "segredo".
É com este trio... Rei Dom Carlos I, Rainha D. Amélia, e o Dr. Monteiro, que se faz nascer uma "montra" neste nosso pais sobre uma preciosidade para a humanidade.
Sendo o Monteiro dos milhoes uma personalidade intelectualmente alucinada, com profundos conhecimentos em temas diversos, e sendo um amante engenhoso do esoterismo... foi ele mesmo o "escolhido" para esconder o mapa.
É aqui que nasce a Quinta da Regaleira, com tuneis, lagos, poços, estátuas diversas personificando os deuses, simbolos da Maçonaria, etc...
Verdade seja dita, que o dito mapa, foi destruido, e deu corpo geográfico á própria quinta; ou seja; é no local que se sente o caminho a percorrer (é essa a funcionalidade de um mapa), assim como o encontro do bem dito objecto, que de materialista nada tem, mas sim um encontro muito particular de uma parte do nosso "eu"; o lado do "Medo".
Devo de salientar que essa parte, sobressai maioritariamente no "Poço Iniciático", mas para se chegar a esta descoberta, toda a quinta (todo o mapa) deve de ser percorrida, identificando e lendo todos os sinais existentes, (confesso que é necessário desfolhar muitas "páginas").
O resultado final é soberbo, e orienta-nos definitivamente para "caminhos seguros".
Sempre defendi "ter medo é bom! baliza-nos!"... não podia estar mais errado!!!Saber ultrapassar barreiras, colocando medos de parte, seguramente que chegamos a porto seguro de uma forma mais rápida e eficaz, obtendo maior elevação a todos os niveis, sejam eles espirituais ou materiais.... resumindo... este é o Grande Segredo da Quinta da Regaleira.
Se efectuarmos um estudo ao longo da historia (passado e presente), verificamos que movimentos de Reis, Ditadores, Clero, seitas, etc., sempre utilizaram o medo para mexer massas e multidões, apenas com o proposito de obter poder e soberania...
Tenham um dia de aventura na Quinta da Regaleira, vão documentados, e sintam o que verdadeiramente toda a humanidade deveria de sentir....
Divirtam-se...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Simples Vazio
Existem momentos
num simples vazio
desligados de tormentos
ausencia de riso e de choro
num simples vazio
água gélida e fogo
um todo em absoluto
num simples vazio
pedra diamante bruto
num simples vazio
desligados de tormentos
ausencia de riso e de choro
num simples vazio
água gélida e fogo
um todo em absoluto
num simples vazio
pedra diamante bruto
segunda-feira, 1 de junho de 2009
“O destino já esta traçado”
Tema difícil este…
E apenas se torna difícil devido ao desconhecido, mas breves rasgos de entendimento estão ao nosso alcance para que se possa compreender o mecanismo de funcionamento deste capítulo da Metafísica.
Na minha pobre essência, cumpro com o prometido de dar uma definição minimamente lógica deste tema, correndo o risco de descer ou subir de patamar em relação á verticalidade do meu pensamento; mas a vida é assim mesmo… um destino marcado com os seus próprios riscos inerentes… Que seja o que Alguém quiser…
Parto de uma base em que o nosso corpo humano “equilibra-se” com duas entidades bem distintas no espaço físico, e muito idênticas num “não espaço”.
Utilizarei um termo já conhecido de “Eu superior” e “ Eu inferior”.
Eu inferior, é o que vulgarmente chamamos de alma, será a nossa áurea em funções receptivas.
Eu superior, será a alma gémea da nossa áurea que se situa algures no “não espaço”, e que tem todo o nosso registo de crescimento, e tem funções de emissor para com o “eu inferior”
Seria de todo interessante conseguir perceber o termo “não espaço”, tentaria talvez lançar o desafio para se imaginar um “sitio” onde a régua tempo não existe…. Onde se consegue perceber o que Einstein formulou ao dizer …”passado, presente e futuro, não existe, é mera ilusão”… Na prática Budista ao atingir a vacuidade (ausência de pensamento), de certa forma entra-se neste espaço intemporal onde os relógios são ausentes de ponteiros.
Muitas das vezes com a nossa capacidade de compreensão complicamos as coisas… como por exemplo.. como alguém já propôs… como se consegue suspender 250.000 litros de agua sem qualquer mecanismo de suporte? Simples… constrói-se uma nuvem…
Pelas leituras compreendidas que tenho feito ao longo destes anos, assumo uma espécie de postulado para a definição de “o destino já esta traçado”, do qual segue a descrição…
Postulado
Quando se nasce, somos munidos de uma alma pronta a crescer (Eu inferior) … e monitorizada pela alma padrão (Eu superior), durante o processo de crescimento somos conduzidos por uma determinada via que pode ter um ou mais caminhos, mas sempre com o mesmo sentido.
O acontecimento da morte, coloca o nosso Eu inferior em reciclagem… antes de entrar em reciclagem pode ter um percurso de protecção para com outros Eus inferiores.
Aquando da entrada em reciclagem, inicia-se um processo de renovação ao qual lhe é destinado um nascimento, ou uma função de orientação.
Essa entrada é devidamente orientada em acções, sentimentos, provações; com um unico sentido de dar corpo á espiral.
Faço o convite para que se leia o Post "F(r)icção", e que se junte a este postulado a pequena história textualizada.
Este processo é cíclico e em espiral… cíclico porque repetem-se varias etapas e espiral porque esta sempre em crescimento.
E apenas se torna difícil devido ao desconhecido, mas breves rasgos de entendimento estão ao nosso alcance para que se possa compreender o mecanismo de funcionamento deste capítulo da Metafísica.
Na minha pobre essência, cumpro com o prometido de dar uma definição minimamente lógica deste tema, correndo o risco de descer ou subir de patamar em relação á verticalidade do meu pensamento; mas a vida é assim mesmo… um destino marcado com os seus próprios riscos inerentes… Que seja o que Alguém quiser…
Parto de uma base em que o nosso corpo humano “equilibra-se” com duas entidades bem distintas no espaço físico, e muito idênticas num “não espaço”.
Utilizarei um termo já conhecido de “Eu superior” e “ Eu inferior”.
Eu inferior, é o que vulgarmente chamamos de alma, será a nossa áurea em funções receptivas.
Eu superior, será a alma gémea da nossa áurea que se situa algures no “não espaço”, e que tem todo o nosso registo de crescimento, e tem funções de emissor para com o “eu inferior”
Seria de todo interessante conseguir perceber o termo “não espaço”, tentaria talvez lançar o desafio para se imaginar um “sitio” onde a régua tempo não existe…. Onde se consegue perceber o que Einstein formulou ao dizer …”passado, presente e futuro, não existe, é mera ilusão”… Na prática Budista ao atingir a vacuidade (ausência de pensamento), de certa forma entra-se neste espaço intemporal onde os relógios são ausentes de ponteiros.
Muitas das vezes com a nossa capacidade de compreensão complicamos as coisas… como por exemplo.. como alguém já propôs… como se consegue suspender 250.000 litros de agua sem qualquer mecanismo de suporte? Simples… constrói-se uma nuvem…
Pelas leituras compreendidas que tenho feito ao longo destes anos, assumo uma espécie de postulado para a definição de “o destino já esta traçado”, do qual segue a descrição…
Postulado
Quando se nasce, somos munidos de uma alma pronta a crescer (Eu inferior) … e monitorizada pela alma padrão (Eu superior), durante o processo de crescimento somos conduzidos por uma determinada via que pode ter um ou mais caminhos, mas sempre com o mesmo sentido.
O acontecimento da morte, coloca o nosso Eu inferior em reciclagem… antes de entrar em reciclagem pode ter um percurso de protecção para com outros Eus inferiores.
Aquando da entrada em reciclagem, inicia-se um processo de renovação ao qual lhe é destinado um nascimento, ou uma função de orientação.
Essa entrada é devidamente orientada em acções, sentimentos, provações; com um unico sentido de dar corpo á espiral.
Faço o convite para que se leia o Post "F(r)icção", e que se junte a este postulado a pequena história textualizada.
Este processo é cíclico e em espiral… cíclico porque repetem-se varias etapas e espiral porque esta sempre em crescimento.
Se7e
e apenas sete...
são as notas musicais...
e apenas sete...
são os dias da semana...
num caso e no outro...
pode-se compor...
do mais fantastico..
ao mais horrivel...
e são apenas sete...
as verdadeiras...
sete maravilhas do Mundo...
sete mares... nunca antes navegados...
perdoar setenta vezes sete...
dó
ré
mi
fa
sol
la
si
e escreve-se melodia de sentir
desde segunda
a domingo
a olhar o pacifico
ou o mediterraneo
Amar
Odiar
Sete
são as notas musicais...
e apenas sete...
são os dias da semana...
num caso e no outro...
pode-se compor...
do mais fantastico..
ao mais horrivel...
e são apenas sete...
as verdadeiras...
sete maravilhas do Mundo...
sete mares... nunca antes navegados...
perdoar setenta vezes sete...
dó
ré
mi
fa
sol
la
si
e escreve-se melodia de sentir
desde segunda
a domingo
a olhar o pacifico
ou o mediterraneo
Amar
Odiar
Sete
terça-feira, 19 de maio de 2009
Primeira Vertical
Imaginei lido de um texto não biblico, o local exacto
Numa zona nada remota onde o ardor fosse constante
Fiquei em transparente pasmado com o verdadeiro facto
Entreti-me de avesso em colossal verdade gritante
Reli envergonhado vestido de inteira satisfação
Não existe lugar algum com sabor de escaldão
Onde se sente este chão...afinal...isso sim...
Numa zona nada remota onde o ardor fosse constante
Fiquei em transparente pasmado com o verdadeiro facto
Entreti-me de avesso em colossal verdade gritante
Reli envergonhado vestido de inteira satisfação
Não existe lugar algum com sabor de escaldão
Onde se sente este chão...afinal...isso sim...
Centelha
Despolindo um sorriso empedrado
em pessoa de corpo crescida
deu-se visão do terno em calado
de idade crescente e humanidade descida
de um aspero rude brilhante
passagem para calhau, vinda de diamante
num distraido mecanizado
deu sorriso de bom agrado
não fossem palavras brancas
nem a teimosia se vedou
eram palavras tantas
que o ego se cegou
em pessoa de corpo crescida
deu-se visão do terno em calado
de idade crescente e humanidade descida
de um aspero rude brilhante
passagem para calhau, vinda de diamante
num distraido mecanizado
deu sorriso de bom agrado
não fossem palavras brancas
nem a teimosia se vedou
eram palavras tantas
que o ego se cegou
domingo, 17 de maio de 2009
Dá... e receberás...
O homem das sandálias...
1940 d.c. no alvorar em nenhures, do meio do papelão..
acorda vivalma, com barba viva de não se fazer...
era de uma cidade que se presenciava, um dono deste mundo cão
Homem do conhecimento, em real e do etéreo, pleno verdadeiro saber.
Ao lento passo, fazia-se caminhada, de roupa gasta e suja, em sandálias amargas, desde a esquina abandonada, com o sentido de matar a fome... não do estomago, mas da alma...
O ritual diário deste Mendigo era encontrar alguem reduzido, e dar em voz, o alimento da sapiencia, com o intuito de o salvar.
Percorria avenida movimentada, em que pessoas, despiam-se de humanidade, numa correria mecanica, embalados nos mais lustres papeis, escondendo prendas vazias...
Sons produzidos pelo invento do homem abraçavam a mais pequena pedra, abafando as claves de sol que a natureza autrora brindava...
Munido de uma clarividencia poderosissima... observa uma jovem alma, e reconhece-lhe a proveniencia...
Era uma sétima filha de uma sétima filha; figura reencarnada com objectivos de alcançar um amor perdido em tempos seculares... poções mágicas do passado negro, onde tudo acontecia, bastando para isso que o sangue corre-se, como se de uma dizima se tratasse.
Previsto éra que no presente o mesmo acontecesse, a todo custo.
O Homem das sandálias, em percurso tangente, passando por jardim verde esbatido, contorna dois fontanários secos, e coloca-se de fronte a donzela radiante... o transito circundava este espaço, que tanto sofria para oxigenar os dois quarteirões vizinhos.
Uma cara luzidia, em olhos verdes... cabelos ondulados, adormecidos nos ombros, de uma tez castanho claro... e um envoltorio de linhas perfeitas, como se um anjo se tratasse...
Foi abordada com um olhar sereno e magnetizante, pedindo acesso á palavra...
A jovem, sem reacção repulsiva... assentiu...
-Menina... se me permite, deixaria aqui, uma prosa.. e um acto apenas para a fazer sorrir..
-Senhor.. certamente, sinto que o faz por bem... serei ouvidos da sua palavra..
-Pedia-lhe donzela, que esticasse os braços, com palma das mãos viradas ao céu, olhos fechados, e mentalize o que lhe sopro...
Em pleno cenário citadino observa-se a posição pedida, sem que alguem tocasse a sineta de espetaculo.
-Imagine que tem um balão na sua mão esquerda...um balão extremamente leve (fazendo breve pausa)... na sua direita, um livro, velho, grande, pesado...
A imagem que se observava era de uma mão direita a descer, e de uma mão esquerda a subir... como se o cerebro fosse comandado por uma força qualquer invisivel...
A donzela, colocando os braços em baixo, abrindo os olhos e sorrindo... pergunta
-Senhor.. como me fez isto? senti-me sem qualquer tipo de controlo... uma mao subia e a outra descia...
O Homem das sandálias, baixando a cabeça, em sinal de humildade, projecta do saber com as seguintes palavras...
-É a mesma coisa que eu lhe começar a falar que estou a comer uma enorme maçã verde sucolenta, e repetindo a descrição, a senhorita, o mais certo é começar a salivar...
será daqui que lhe transmito, que em tudo o que fazemos, marcamos o proximo... e do nada seremos recebidos com mesma marca... tudo isto de forma silenciosa, sem que fio algum se veja.
Ora se tomar atenção, é na pratica do bem, que do bem receberá... assim como no oposto, dando no mal, é do mal que nos cobram...
E saindo em passo lento... segue rumo... O Homem das sandalias, perdendo-se no meio da multidão circulante...
Dá... e receberás...
1940 d.c. no alvorar em nenhures, do meio do papelão..
acorda vivalma, com barba viva de não se fazer...
era de uma cidade que se presenciava, um dono deste mundo cão
Homem do conhecimento, em real e do etéreo, pleno verdadeiro saber.
Ao lento passo, fazia-se caminhada, de roupa gasta e suja, em sandálias amargas, desde a esquina abandonada, com o sentido de matar a fome... não do estomago, mas da alma...
O ritual diário deste Mendigo era encontrar alguem reduzido, e dar em voz, o alimento da sapiencia, com o intuito de o salvar.
Percorria avenida movimentada, em que pessoas, despiam-se de humanidade, numa correria mecanica, embalados nos mais lustres papeis, escondendo prendas vazias...
Sons produzidos pelo invento do homem abraçavam a mais pequena pedra, abafando as claves de sol que a natureza autrora brindava...
Munido de uma clarividencia poderosissima... observa uma jovem alma, e reconhece-lhe a proveniencia...
Era uma sétima filha de uma sétima filha; figura reencarnada com objectivos de alcançar um amor perdido em tempos seculares... poções mágicas do passado negro, onde tudo acontecia, bastando para isso que o sangue corre-se, como se de uma dizima se tratasse.
Previsto éra que no presente o mesmo acontecesse, a todo custo.
O Homem das sandálias, em percurso tangente, passando por jardim verde esbatido, contorna dois fontanários secos, e coloca-se de fronte a donzela radiante... o transito circundava este espaço, que tanto sofria para oxigenar os dois quarteirões vizinhos.
Uma cara luzidia, em olhos verdes... cabelos ondulados, adormecidos nos ombros, de uma tez castanho claro... e um envoltorio de linhas perfeitas, como se um anjo se tratasse...
Foi abordada com um olhar sereno e magnetizante, pedindo acesso á palavra...
A jovem, sem reacção repulsiva... assentiu...
-Menina... se me permite, deixaria aqui, uma prosa.. e um acto apenas para a fazer sorrir..
-Senhor.. certamente, sinto que o faz por bem... serei ouvidos da sua palavra..
-Pedia-lhe donzela, que esticasse os braços, com palma das mãos viradas ao céu, olhos fechados, e mentalize o que lhe sopro...
Em pleno cenário citadino observa-se a posição pedida, sem que alguem tocasse a sineta de espetaculo.
-Imagine que tem um balão na sua mão esquerda...um balão extremamente leve (fazendo breve pausa)... na sua direita, um livro, velho, grande, pesado...
A imagem que se observava era de uma mão direita a descer, e de uma mão esquerda a subir... como se o cerebro fosse comandado por uma força qualquer invisivel...
A donzela, colocando os braços em baixo, abrindo os olhos e sorrindo... pergunta
-Senhor.. como me fez isto? senti-me sem qualquer tipo de controlo... uma mao subia e a outra descia...
O Homem das sandálias, baixando a cabeça, em sinal de humildade, projecta do saber com as seguintes palavras...
-É a mesma coisa que eu lhe começar a falar que estou a comer uma enorme maçã verde sucolenta, e repetindo a descrição, a senhorita, o mais certo é começar a salivar...
será daqui que lhe transmito, que em tudo o que fazemos, marcamos o proximo... e do nada seremos recebidos com mesma marca... tudo isto de forma silenciosa, sem que fio algum se veja.
Ora se tomar atenção, é na pratica do bem, que do bem receberá... assim como no oposto, dando no mal, é do mal que nos cobram...
E saindo em passo lento... segue rumo... O Homem das sandalias, perdendo-se no meio da multidão circulante...
Dá... e receberás...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
F(r)icção
Sentei-me numa rocha...
era de um macio saudavel...
o cheiro do mar, tocava-me no ombro.
não estivesse eu cansado, saturado..
de gotas vertidas
tudo macio...
qualquer limão fazia inveja as papoilas...
por estar sentado, quieto, na rocha....
sozinho...
despejei-me..
de tudo
deste meu pesado leve
um bem grande nada
recuperando não sei bem do que...
(...silencio...)
e lembrei-me de uma historia...
que ia inventando...
segundo a segundo...
era uma vez...
um rapazinho...
bem tenro na idade...
que decidiu escrever...
toda a vida que iria ter... ate... morrer
e assim pegou no lápis...
começou por articular uma infancia sorridente, embriagado pelos brinquedos,
pelos colos da familia,
pelo brilho dos passaros... em tudo o que possa ser imaginavel em rosa de fundo,
numa criança até aos 6 anos acontecer...
o grafite escorregava nas folhas brancas, dando corpo minuto a minuto...
passando pela instrução primária, onde mundos novos despertam...
sentindo pequenas novas paixoes...
todos os dias foram escritos
todas as horas
todos os minutos
nem as quedas de bicicleta escapavam de uma descrição milimétrica...
ao fim de um abraço de folhas...
e decidiu...
decidir...
uns vintes decisivos...
em que tudo acontece...
dando corpo a uma uniao...
dando vida a vida
selando conhecimentos academicos...
tudo como nas regras do bem escrever...
todas as virgulas, todos os não pontos finais...
segunda paragem do grafite, demorada, articulada para o lado esquerdo do avesso...
e decide-se dar nova universidade... não no corpo, mas na alma...
colocar um vazio nos trintas...como se de uma escola tratasse...
perder o que pensara não ter ganho... porque apenas.. fazia parte
desde as insónias, aos almoços sem sabor, passando pelos jantares que nem a memoria pegou..
uns trintas bem pesados de vazios...
salto nos quarenta...
onde tudo se aguenta...
do segundo curso se aplica...
numa especie de vida nova que os cinquenta espreitam..
as folhas que se escreviam...
iam dando lugar a montes de geometria A4 em espessura consideravel...
e uma caixa de lapis quase vazia...
novos amores nos cinquentas..gatinhavam, sorriam, e faziam valer a pena respirar...
descrevia-se tudo o que se podia ensinar...
a quem de tenra idade ia crescendo..
a profissão em pano de fundo atravessava practicamente todos os capitulos desde os 18 anos...
e continuava em rectas curvilineas, sempre em gráfico crescente..
sétimo lapis...
e os sessenta eram sorrisos virgula sim virgula não...
idas ao médico..
controlo de uma saude quimica..
direitos de sossego em ferias estrategicamente colocadas...
preparativos para que fosse sucedido profissionalmente...
quatro folhas ficam em vazio...
e aparece uma escrita...
de um dia...
em Maio...
aos 78 anos...
o grafite coloca um ponto final...
na madrugada..
o rapazinho...
terminando tal romance endurecido...
deu sorriso ao trabalho feito..
e considerou...
"Será assim que me cresco, com virtudes e desvirtudes, de uma vida caminhada...do que me ensino, do que me bebo... serei maior desde que me nasci..."
acordei...
de um não sonho...
desta rocha macia...
não sei do que me dei...
de um virtual medonho..
do que esta historia trazia...
sendo ou não sendo...
levantei-me...
voltei caminho...
ao meu talvez escrito...
era de um macio saudavel...
o cheiro do mar, tocava-me no ombro.
não estivesse eu cansado, saturado..
de gotas vertidas
tudo macio...
qualquer limão fazia inveja as papoilas...
por estar sentado, quieto, na rocha....
sozinho...
despejei-me..
de tudo
deste meu pesado leve
um bem grande nada
recuperando não sei bem do que...
(...silencio...)
e lembrei-me de uma historia...
que ia inventando...
segundo a segundo...
era uma vez...
um rapazinho...
bem tenro na idade...
que decidiu escrever...
toda a vida que iria ter... ate... morrer
e assim pegou no lápis...
começou por articular uma infancia sorridente, embriagado pelos brinquedos,
pelos colos da familia,
pelo brilho dos passaros... em tudo o que possa ser imaginavel em rosa de fundo,
numa criança até aos 6 anos acontecer...
o grafite escorregava nas folhas brancas, dando corpo minuto a minuto...
passando pela instrução primária, onde mundos novos despertam...
sentindo pequenas novas paixoes...
todos os dias foram escritos
todas as horas
todos os minutos
nem as quedas de bicicleta escapavam de uma descrição milimétrica...
ao fim de um abraço de folhas...
e decidiu...
decidir...
uns vintes decisivos...
em que tudo acontece...
dando corpo a uma uniao...
dando vida a vida
selando conhecimentos academicos...
tudo como nas regras do bem escrever...
todas as virgulas, todos os não pontos finais...
segunda paragem do grafite, demorada, articulada para o lado esquerdo do avesso...
e decide-se dar nova universidade... não no corpo, mas na alma...
colocar um vazio nos trintas...como se de uma escola tratasse...
perder o que pensara não ter ganho... porque apenas.. fazia parte
desde as insónias, aos almoços sem sabor, passando pelos jantares que nem a memoria pegou..
uns trintas bem pesados de vazios...
salto nos quarenta...
onde tudo se aguenta...
do segundo curso se aplica...
numa especie de vida nova que os cinquenta espreitam..
as folhas que se escreviam...
iam dando lugar a montes de geometria A4 em espessura consideravel...
e uma caixa de lapis quase vazia...
novos amores nos cinquentas..gatinhavam, sorriam, e faziam valer a pena respirar...
descrevia-se tudo o que se podia ensinar...
a quem de tenra idade ia crescendo..
a profissão em pano de fundo atravessava practicamente todos os capitulos desde os 18 anos...
e continuava em rectas curvilineas, sempre em gráfico crescente..
sétimo lapis...
e os sessenta eram sorrisos virgula sim virgula não...
idas ao médico..
controlo de uma saude quimica..
direitos de sossego em ferias estrategicamente colocadas...
preparativos para que fosse sucedido profissionalmente...
quatro folhas ficam em vazio...
e aparece uma escrita...
de um dia...
em Maio...
aos 78 anos...
o grafite coloca um ponto final...
na madrugada..
o rapazinho...
terminando tal romance endurecido...
deu sorriso ao trabalho feito..
e considerou...
"Será assim que me cresco, com virtudes e desvirtudes, de uma vida caminhada...do que me ensino, do que me bebo... serei maior desde que me nasci..."
acordei...
de um não sonho...
desta rocha macia...
não sei do que me dei...
de um virtual medonho..
do que esta historia trazia...
sendo ou não sendo...
levantei-me...
voltei caminho...
ao meu talvez escrito...
Estranho
Estranho... que estranha palavra será esta
que de tanto estranho tem...
e apenas personaliza o que de estranho o estranho tem.
Mas acaba por ser estranho o real significado do que se estranha
é um atalho estranho para reduzir
o que estranhamente não se conhece
estranho mesmo
que o vocabulario se volatize a um simples... estranho
objecto estranho
linguagem estranha
pessoa estranha
cadeira estranha
planeta estranho
constelação estranha
energia estranha
prego estranho
e assim fica tudo explicado...
reduzido
arquivado
o mundo do não complexo reduzido a um grao de areia...
bestial!
vou comprar dois bilhetes e vou para la
deve-se ir de uma forma estranha..
fazendo justiça ao estranho...
"quero la saber"
que de tanto estranho tem...
e apenas personaliza o que de estranho o estranho tem.
Mas acaba por ser estranho o real significado do que se estranha
é um atalho estranho para reduzir
o que estranhamente não se conhece
estranho mesmo
que o vocabulario se volatize a um simples... estranho
objecto estranho
linguagem estranha
pessoa estranha
cadeira estranha
planeta estranho
constelação estranha
energia estranha
prego estranho
e assim fica tudo explicado...
reduzido
arquivado
o mundo do não complexo reduzido a um grao de areia...
bestial!
vou comprar dois bilhetes e vou para la
deve-se ir de uma forma estranha..
fazendo justiça ao estranho...
"quero la saber"
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Velas ao vento
Velas de chama laranja rubro
ao vento sobrevivem
numa elasticidade em estilo puro
vozes roucas do que dizem
Elas serão cinco
em plano chão do monte
eu bem que o sinto
do que sai daquela fonte
ao vento sobrevivem
numa elasticidade em estilo puro
vozes roucas do que dizem
Elas serão cinco
em plano chão do monte
eu bem que o sinto
do que sai daquela fonte
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