quinta-feira, 23 de março de 2023

Prego

Doem-me as coisas...

As coisas.

Essas insipidas e desprovidas de pulsar almejante.

Magoa-me as coisas... Essas coisas que teimam em ser coisas...

Coisas mirrantes e engelhadas de pouca alma.

E a dor que não me deve, teima em cobrar o que não me deve doer.

Nem os ponteiros do relógio me fazem sentido.

Nem oxigénio.

Nem morrer.

Apenas doer.

Foda-se e que dor.

Esta falta de Amor.