segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Os Mortos conseguem dançar

Rose, deita-se nas 3 da madrugada, exausta de um fisico abusado sexualmente; o dinheiro era o objectivo principal.
Sonhava com uma vida repleta de sossego material, desfrutado na sua terra natal.
Irlandesa se sangue, possuia cabelos loiros venezianos pelo meio das costas; larga de ombros, vestigios de uma infancia em natação; 1,78m que subiam consideravelmente á custa da coleção de sapatos altissimos.
Labios de uma geometria sensual acompanhavam olhos verdes humidos de energia rosa.
Na sua cama modesta, relaxa suas costas em perdão absoluto com o dia de trabalho; cansada na ausência de sono, o seu cérebro encontra-se naturalmente em alfa, cumprindo os 10 ciclos por minuto; a actividade ideal para se observar o plano etéreo.
Rose não tinha formação nem conhecimento espiritual... Tudo nascia, e tudo morria; sem mais uma virgula a acrescentar no antes e no depois.
Apesar dos seus 36 anos vividos com diversos sintomas de clarividência; sempre colocou de parte possiveis descobertas espirituais; o medo era a principal causa de um possivel mundo maior onde tudo podia acontecer.
Olhos semi-serrados, em pleno negrume; sente energia vibrante em redor das suas pernas... Cansada em desgaste, deixa-se seguir atentamente sem se desviar do estado semi-sonolento, que lhe permitia ver ou sentir algo
Um cheiro intenso a rosas invade-lhe a alma; sentiu-se envolvida em perfume; apesar de não compreender o que se estava a passar, deu-se ao momento .
Ouve uma voz... doce, cristalina e portadora de uma jovialidade sem limites.
Era uma entidade Therese de Lisieux; nascida em 1873, faleceu apenas com 24 anos; tendo feito vida no convento das carmelitas.
 - "Sigo-te de perto, em todos os teus momentos; serei a tua ajuda em momentos proximos;será na saude, e passarás a receber aconselhamenteo espiritual.. Segue doce e em atenção"
Rose nem podia acreditar; sentia as mãos frescas acariciando a sua testa em pose de benção; e uma alegria invdia-lhe todo o corpo sem qualquer tipo de controlo.
Ainda sob o gosto da experiência... assusta-se com barulho intermitente eléctrico metálico; estica o braço para o pequeo candeeiro de mesa que repousava ao seu lado, e anula o negrume envolvente.
Olha em redor e nada vê, repousando na almofada sua cabeça.
Ouve novamento o mesmo som, e do nada aparece-lhe á frente a 2 metros da sua visão um bola dourada do tamanho de um punho, pulsava de energia nunca antes visto; era Metatron, um arcanjo que entre outras tarefas, se dedica á protecção de crianças com hiperactividade... segundos depois, sente uma pressão incomodativa entre o nariz e os olhos e não controla um aparente desmaio prufundo.
Rose entrara em sonho desmedido, onde se via a brincar com um rapaz de tenra idade, compreendia que seria fruto do seu ventre; e em final  da mensagem, aparece-lhe um homem altivo sorridente, que lhe informa...
-"Serei mentor desta criança, saberás o que fazer no futuro, dar-te-ei conselhos"...
Na manha seguinte, Rose desperta de forma serena, e em plena consciencia com o que tinha vivênciado; sem colocar questão alguma, sorri e comenta mentalmente...
"Afinal os Mortos conseguem dançar"...