terça-feira, 16 de junho de 2009

Flor de Papel

Decorriam ventos numa tarde de gosto sorridente...
Num passear com falta de gente
Entre jardins selvagens e regatos melodiosos..
De tudo o que mexia animais habitantes corajosos
Passeava eu em olhos de refexão
Por verdura crescente do chão

Em cenário de pura natureza... brilha algures uma criança..
O tempo muda de vento para uma chuva quente..
Reparo numa flor... que o menino planta...
Era de papel..
Pensando eu que tal trabalho se iria desvanecer por força da água..
E que um triste sorriso sairia de tal pequena alma...
Surpreso fiquei...
Aproximei-me de tal imagem... e confirmei
O menino de joelhos, aconchegava a terra envolvente ao caule da flor de papel...
as gotas da chuva batiam nas petalas, e davam vida luminante ás cores garridas,
uma aureola na cor indigo esbatia em redor...
Do que via...
Apenas confirmava...
Estava perante uma criança muito especial... com Sindrome de Down..
Era notório... daquelas mãos pequenas saiam vida... colocava nos recortes de toda a flor,
um respirar oxigenante, que a faziam brilhar de toda a natureza envolvente...
Da própria terra saiam correntes de energia, como se comandadas pela criança...
Era uma força imensa que faziam valsar os 5 elementos..

De sorriso fui recebido... da imagem, fiquei encantado.. e senti-me pequeno perante tal grandiosidade..
Este tipo de almas, é munida de uma coragem avassaladora...
Apenas quem é sabedor... o sabe.. e o sente...
Afinal... é de gente!